Hoje...
Hoje não sou comedido... apetece expandir... ser um pouco mais do que menos sou noutro momento, noutro tempo...
Hoje vou ser directo da alma... que caminha em teu redor e te abraçou vezes sem conta... que despida se veste na frente dos teus olhos que de puros não vêm este meu pensamento lânguido e efervescente.
Desta forma caminho no sentido de teu pensar, mas no rastreio de um pensamento que agarro e prossigo... porque comedido serei outra vez amanhã. Percorro assim as tuas mensagens, as tuas palavras... desnudo-as de qualquer outro significado que não seja o que quero... e abraço-te em cada uma, suspiro em cada sílaba, em cada letra... como se te tivesse a sentir assim, junto e perfumada de um perfume que é o teu cheiro.
Dispo-te e abraço-te... juntando os nossos corpos quentes... a transpirar desejos e sonhos não realizados... sinto as mãos trémulas a percorrer o corpo que agora quero beijar com a ponta dos meus dedos... encosto-te a mim para que sintas esta realidade, para que sintas que te consumo muito mais para além do desejo que a carne me dá... e juntamo-nos num rodopiar horizontal que se complica em beijos molhados e transpirados que o teu corpo se encarrega de transportar para os meus lábios... que sofregos dizem que te querem...
Num momento és minha e agora somos unos... em ti me sinto acolhido... nestes anseios, suspiros e sobressaltos... envolves-me em abraços apertados num momento... abraçado por todo o teu corpo... não sabes onde terminas nem eu sei onde começo... porque unos... estamos! Sorrimos pela certeza de ser estranho, mas pela felicidade de que é assim... não se explica... abraço-te mais uma vez... e beijo-te como nunca havia beijado ou beijei... e resvalo em ser comedido novamente... e outra vez... mas quero-te ainda assim... comedido!
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