Tolice é a distância que nos separa. O quereres-me, neste meu emaranhado a que chamo vida. O querer-te sem saber bem porquê... sem saber como o fizeste... ou porquê. E tonta é como me sinto quando te falo... como fico quando estás por perto e me roubas o ar. E arrancas o coração do meu peito... Roubas, não furtas, porque é doloroso vê-lo andar fora de mim. E mais ainda andar longe de ti, à tua procura... Tolice é o encontro.. as conversas banais... os desencontros regados de desejo apertado que fica por viver. O chão que se abana e foge dos pés é que é tolo e desconcentra, não nós que nos tentamos manter de pé...
E absurdo é o tempo de espera... a separação que nos une e a união que nos separa. Absurdamente irreal... sentir-te meu sabendo-te longe e livre. Absurdas as saudades de um tempo que não é nosso mas que sei que já o vivemos... E o tempo de hesitação. O desgaste de horas perdidas que poderiam ter sido nossas... Absurdo sentir como se tivessem sido.
Simples é o acto de gostar de ti. Simplificado ao ponto de não ser explicável. Gostar. Na sua forma mais pura, que não necessita de nada mais quando é assim. Sincero e completo. E porque é simples, é fácil.. e mesmo tendo evitado, o facto de ser simples tornou complicado o acto de me desviar. Ou até de te evitar. Mas isso seria loucura... E tolice. E ouso até dizer que seria absurdo. Assim como não pensar os pensamentos que nos envolvem. Vivê-los é o sonho. Que espero tornar real. Para que quando me procurares me vejas. À tua espera... e não tu à minha espera.
Beijos absurdamente simples e sinceros, com um grande laço extravagante de tolice..
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