Porque me parece tão certo, numa altura que sei errada? Porque mesmo me convencendo de tudo o que mereces, não consigo não te querer? Continuo desejando cada momento presente, embrulhado ou por desembrulhar... porque no meio desta visível falta de sentido, parece fazermos todo o sentido existente neste mundo. E acho que ainda mais um pouco...
O simples acto de escrever. De juntar letras em puzzles de palavras, construindo frases... No sentido de prenda, não de recado. O simples acto de me fazeres escrever, quando não o fazia há eternidades. E escrever para ti, para me leres, para me sentires aí. Para saberes que mesmo não devendo, não te largo. As forças que tinha usei para te segurar... e gastei todas. Não tenho de sobra para me convencer a largar... Só a vontade me sobra. O desejo. Os beijos que guardo para presente.. num futuro que desejo próximo, ao ponto de no acto virar já passado.
Quando te vejo, quando te sinto, mesmo na distância... Esqueço os problemas, os deveres, tudo o que me impede de ser eu. De me sentir eu. Quando estou contigo, estou mesmo. Sou mesmo. Sem vergonhas, sem esconderijos. Sem desculpas... até a razão me foge. Não consigo pensar direito... Mas não creio que para sentir seja preciso pensar. E se só penso em ti, não é pensar direito? E se só sentir, se só te sentir, precisarei de pensar?
Vou-me cingir a sentir-te. Vou esquecer pensar. Não preciso pensar em ti para te sentir. A toda a hora, todos os passos... sei-te perto. Sinto-me rodeada por ti. Não vou pensar no que devo. Ou que não devo... Ou sequer pensar se é certo ou errado. Vou só beijar-te quando puder. Enquanto puder. E esperar que a vida pense por mim, para variar. Que me deixe sentir... E que te deixe ficar. Ou que faça com que te mereça, para te convencer a não partir. Para não quebrar...
Porque és assim? Porque me completas...? Como fazes para me sentir mais eu?
Beijos, todos. Não quero que sobrem cá e te faltem aí...
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