terça-feira, 26 de maio de 2009

As novas modas dos vintes e dez

Mais uns menos uns, rondam sempre os 30.
Começou com uma, mas já reparei que se alastra: jovens das suas 30 (ou quase) Primaveras, namorando homens (rapazes) mais jovens. Começou a fazer-me confusão, sendo que até há pouco tempo queriam era homens mais velhos... uns bons anos mais velhos. E eu, jovem, já com as 30 Primaveras contadas... à procura de príncipe encantado. Devo andar à procura no escalão de idade errado.

E foi assim que terminou...

E não pretendo falar mais no assunto. Foi mais uma lição que reaprendi: apaixonar só dá trabalho.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ela disse... (54)

Ninguém disse que era fácil. Ou que seria fácil por sermos nós. Até acho que a complicação é essa... sermos quem somos. Somos os dois dominantes, ou queremos ser... Mas se as relações fossem fáceis seriam monótonas. Mais para nós, que gostamos do desafio. Ainda estamos na fase da habituação, do testar limites, de conhecer o outro como parte independente ainda que sentido como complemento. Não que haja necessidade de mudança, de deixar de sermos um cada para sermos um juntos. Tipo partes diferentes de um puzzle... de duas peças. Que embora faça sentido quando se vê a imagem final, dá na mesma trabalho descobrir a melhor forma de encaixe. E há sempre aquelas tentativas prévias que parecem bem até se verificar a imagem e esta não estar perfeita. Mas continuam a ser as mesmas duas peças do puzzle. E continuam a ser encaixáveis... Até os diamantes têm de ser lapidados para atingirem a sua beleza considerada tão própria... É uma descoberta constante acompanhada de conversas construtivas. Ou devia ser. Sei que não sou perfeita e nem sempre consigo ser tudo aquilo que quero e que devia ser. Mas esforço-me. Principalmente porque acredito em nós. Em ti. E, desculpa se parecer, erradamente, que estou a ser egoísta: preciso de ti. Discutir é normal. Ou devia ser. Ter diferentes pontos de vista. Modos de ver a vida e de nos vermos e de ver o outro. E os outros.
Quando somos só nós funcionamos bem. Muito bem, ouso dizer. Quando em grupo há quase sempre mal entendidos... Ainda sem saber bem porquê. Os outros fazem-me diferente? Só consigo ser eu para ti. Os outros ficam só a ver parte. Se calhar eu que não te vejo como queres... A distância faz ter saudades. Mas as saudades fazem-me ansiosa. E a ansiedade perturba o meu senso comum e desequilibra-me... Desequilibrada hajo por impulso... os impulsos raramente são inteligentes. Maior parte das vezes digo coisas só para te picar... porque gosto quando respondes. E sempre respondes à altura. Sempre me surpreendes. Sempre és mais do que espero.
Desculpa se te fiz perder tempo. Ou se sentes que estás a perder o teu tempo. Mas gosto de ti. E por tanto te querer não sei muitas vezes como agir.
Nem sei se fiz algum sentido...
Se queres que pare avisa. Não quero que estejas por obrigação, ou contra vontade. Nem quero ser empecilho.
Sempre tua

Ela disse... (53)

Lisboa, Madeira, Açores...‏
... e o Porto está nos planos? Podendo escolher, voltavas para Lisboa? E não ficando cá, terias tempo para cá vir? E as férias, seriam nossas? E fins de semana existiriam? E tu queres alguém contigo, mesmo esse alguém não podendo estar ao lado?
Sempre soube que podias ir, não é novidade, nem é isso a grande questão. A questão é se preferes ir ou ficar. Se, e friso bem o se, fosse uma questão de escolha... Ou se deixares-me não te custa tanto quanto eu pensei.
Já disse que não tenho de estar junto contigo sempre. Colada. No mesmo espaço. Mas preciso que estejas presente. Que fales, que converses, que ouças. Que ligues a câmara para te ver, que recorras a mim para desabafar. Que me ligues. E que estejas comigo quando tens tempo. E que esses 5 minutos sejam mais intensos que duas horas dos outros casais "normais". Porque é isso que eu quero, que sejamos uma casal. Agora, se é para estar por metade, sempre a pensar que não funciona, sem certezas de querer... Então não vale a pena... Não te quero a meio, quero-te inteiro. Quero sentir-te meu sem nunca sentir que tens dúvidas. Quero ter a certeza que o fato de que falaste te serve, que não te prende os movimentos, que não aperta, que flui... mas mais que tudo, que o queiras usar e que te sintas bem com ele. Não quero ficar sem saber o que se passa contigo, estejas deitado na mesma cama que eu ou a quilómetros de distância. E preciso saber, de cada vez que vais embora, que queres voltar. É isso que preciso. Não preciso que estejas ao meu lado para me dar a mão no meu dia-a-dia. Sempre soube tomar conta da minha vida, mal ou bem... e sempre me vou desenrascando. Mas saber que estás do outro lado da linha, de uma mensagem, de um ecrã, mantém-me satisfeita. E foi isso que faltou numa má altura. Depois de estar contigo aqueles dias todos, que para mim foram perfeitos (embora tenha pena que estivesses doente...), tu desapareceste. Sem explicar. Não me entendas mal... acredito que assim sejas e que precises de ser assim... mas eu gosto de ti. Completamente. Da ponta do meu dedo grande do pé até à ponta do mais longo cabelo. Cada célula minha espera respirar-te em cada brisa que passa... e preocupo-me... e não adivinho o que se passa contigo, se estás bem, se alguma coisa correu mal. Se mudaste de ideias, se mudaste de terra... se estás doente, se levaste porrada, se levaste um tiro... Quero fazer parte da tua vida, do teu futuro, se me quiseres. E se calhares de ser transferido para longe de mim, convém que ganhes bem para me compensares nas férias... Tudo isto é simples e fácil. Para mim. Mas é certo que terei saudades. E óbvio que terei ciúmes. E normal que me passe de vez em quando por não saber lidar com o reboliço de sentimentos que andam tipo carrinhos de choque cá dentro. Pelas saudades que sinto de ti... pelo medo de que conheças alguém que seja mais perfeito para ti do que eu. Ou que fiques comigo sem teres certeza de o quereres...
Não há ninguém que eu queira ou tenha querido mais do que te quero a ti. Nem me parece possível que exista mais alguém que me faça sentir como me sinto. És tu quem eu quero. E se não te posso ter, ou se não me queres da mesma maneira, prefiro deixar-te ir. Porque acima de tudo, quero que estejas bem e que sejas feliz... E se eu não te faço assim, prefiro saber já. Habituar-me a ti foi fácil... desabituar-me seria mais complicado. E será mais complicado se assim for. Mas respeito a opção, decisão, seja ela qual for.
Já me alonguei mais do que previsto... resumindo... Ou se aposta e "vamos indo vamos vendo", fazendo por resultar e acreditando que resulta... ou somos amigos. Mas contigo não quero relação de "amigos que de vez em quando se encontram e põem a conversa em dia e trocam beijos" porque não consigo. Porque te adoro mais que isso. E estar apaixonada assim, não me permite ficar satisfeita com menos. Quero que sejas meu mesmo. E que faças por ser. Não preciso de estar no topo das prioridades, mas preciso de estar na lista. E sentir que estou. Que é isso que me dá alento... saber que seja como for, estando onde estiveres, é em mim que pensas e contas o tempo que falta para estar junto. E que sou a primeira pessoa que te lembras quando queres contar uma novidade, mostrar uma música nova, um pôr do sol ou paisagem que vês num momento, sozinho, e que gostarias de me ter ali para partilhar. É assim que eu passo os meus dias... Não quero menos que isso. Quero ser amada, desejada, seduzida, protegida, sonhada, ansiada... não quero ser só eu a sentir isto tudo.
Não sei se me percebeste, mas tendo dúvidas é só perguntar que eu respondo. E se não perceberes alguma coisa, eu volto a explicar.
Porque no final, a grande pergunta é se "tens a certeza que é isto que queres"...

Sempre tua

Ela disse... (52)

http://www.youtube.com/watch?v=NwIukT6Eugk

É para fazeres o download da música primeiro... para ouvires ao mesmo tempo. Este é um mail com banda sonora, para ser diferente... Começar a ler quando começar a cantar. E não vale ler depressa...

As noites contigo são noites tranquilas... e completas. São noites que esperei durante imenso tempo... sabendo que estavam por perto, mas duvidando que existias... Até apareceres. Faz sentido quando estou contigo. Quando te olho e me perco... e me redescubro quando me olhas de volta. E sorris, meio envergonhado... mas acho que feliz. Porque só isso me basta, saber-te feliz.
As noites que prefiro seguem-se sempre a dias junto de ti. Ao teu lado. Perdida em banalidades e em momentos nossos. Encostada ao teu ombro, enrolada no teu abraço, adormecida no teu colo... Espero que te chegue, que seja suficiente. Ser tudo o que esperas, que desejas, que precisas. A tua presença enche-me de sonhos de momentos vividos mas que faltam viver.. momentos que me espreitam sorrateiros, que espreitam escondidos, que esperam surpreender-me... e eu, sentada à espera. De um tempo mais que este. De momentos para além destes... mas depois receio querer demais. Parece tudo tão simples e ao mesmo tempo tão complicado... Tão perto e tão longe...
Porque parece que te conheço? Já estive contigo e já vivi outra vida... e não sei se foi só uma, mas não bastou. Quero-te mais, quero-te para mim, quero-te sempre, mas não te quero assustar... abraçar demasiado... Só quero que me sintas como te sinto, que me queiras como te quero. Que te baste e não sobre... Que o meu mundo e o teu se possam juntar e ser nosso. Continuamente... sentido e com sentido. Porque é a ti que quero. E és tu que me completas. E és tu que me deixas saudades sempre que de ti me separo... é em ti que penso quando me sinto perdida... fecho os olhos, encontro-te e falo-te. E sinto-te perto... e espero que estejas. A olhar para mim. Adoro quando me olhas, ainda que me faças sentir despida... parece que vês para além de barreiras onde me habituei a esconder. Encontras-me e abraças-me... e sou eu novamente, a desejar-te continuamente. Que fiques, agora que nos encontramos. E nos juntamos... Porque és tu.

"Someone like you
Make it all worthwhile
Someone like you
Keep me satisfied (Just like you)

Someone exactly like you
Someone..."

Tua, mais hoje que ontem

Ele disse... (51)

Existem noites com luar e noites sem luar, existem noites de frio e de calor... até amenas... existem noites longas e noites pequenas e curtas, contudo refaço para mim uma nova divisão, a noite contigo e a noite sem ti.
A noite sem ti é uma noite vazia, sem palavra e sem olhar... é uma noite ausente de mim mesmo....
A noite contigo... é a noite perfeita... em que as palavras e os actos são tão naturais e sem prisões, que se baralham com o respirar por assim serem, semelhantes, a noite contigo é uma partilha de emoções e de olhares cheios de mensagens ocultas escritas no brilho que tens... a noite contigo é uma vida, é um mundo... isolado de tudo o resto e de tudo diferente... a noite contigo trás belos sentimentos... que me esquecera que existiam...
A noite contigo ... faz o privilégio de ser eu, ali! A noite contigo... tem sorrisos sinceros e tem lágrimas felizes que desejam sair do rosto para expressar o quanto preciso de ti...
A noite contigo é pequena, mas imensa de mim e de ti... que a enchemos por completo...
A noite contigo é minha... e quero-a para mim e só para mim...

Sempre

Ela disse... (50)

Ontem foi perfeito. Embora tenha plena consciência que a próxima vez será mais perfeita que ontem. E na vez seguinte a essa conseguirás na mesma ultrapassar as expectativas. Porque tu és assim, sempre surpreendentemente perfeito para mim... E isso aconchega-me... e chega-me... e faz-me sentir enorme.
Adoro quando estamos os dois, perdidos num tão nosso mundo, em que eu sou eu e tu és tu... e juntos somos nós, impecavelmente "combináveis". Como puzzle que não se vê a imagem nem faz sentido a não ser quando todas as peças estão no sítio certo, no momento certo. E nestes encontros marcados num tempo que não este, os quais eu esperava ansiosamente, tudo parece ser como previsto, como suposto, como destinado e eventualmente "escrito".
Quando estou contigo o tempo pára para mim... assim como se pairasse de felicidade. Nada mais existe, nada mais importa. Somos mesmo. E somos sós. E bastamos. Só o tempo que não concorda comigo e parece que gosta de me brincar e desaparecer por entre os ponteiros dos relógios... acaba por chegar demasiado depressa o dizer até logo...
E deixo-te, e deixo os teus braços, o teu modo de me olhar... ansiosa por mais um tempo, por um próximo momento, por mais uma fatia de nós... E é assim que fico, na espera. À nossa espera... Volta.

Sempre tua, mais hoje que ontem...

Ele disse... (49)

A escrever novamente... sem que seja uma resposta mas algo novo ou não... algo já falado, escrito ou pensado...
É real... tudo isto que sinto é real para mim, e perfeito, como fato á medida em que todos os movimentos estão permitidos e facilitados, ainda que em movimentos anormais... como algo que se ajusta na perfeição... algo que serve como deve, e não qualquer ajuste simpático. Cada sorriso teu, é um presente por desembrulhar... e que traz uma palavra e um sentimento que percebo e quero tão meu...
Temo desiludir-te, temo não ser suficiente para ti... e por vezes o avanço que fiz regride no que ao comedimento falamos. E sinto receio...
O que me fazes é bom demais para ser verdade, e eu acredito... e quero... e sinto que também queres... que desejas que assim seja... e isso enche-me de alegria.
Sei que não sou perfeito, mas devia... porque merecias a perfeição, sei que muitas vezes não faço nem farei as coisas certas... o que pretendes, o que desejas, mas de uma coisa tenho e podes ter a certeza, nunca pensei gostar... como gosto de ti... e aflige-me pensar que posso não te preencher e não te completar...
Deixa que goste de ti como gosto... isso basta-me para sorrir, para estar feliz e bem disposto...
Não tens que responder, nem que me dar nada... só que deixes que te goste... e como gosto!
Queria poder abraçar-te agora... e beijar-te forte... aconchegar-te junto ao meu corpo.. aquecer-te com palavras completas de amor para ti...

Sempre teu

Ela disse... (48)

Simples, fácil e natural‏
Ok. Até concordo com muito do que dizes... O que, mesmo assim, não é desmentir-me. É em jeito de complemento. Em partilha de razão, embora não seja esse o objectivo. O ter razão...
É fácil gostar de ti... É-me natural, sem esforço ou necessidade. Simplesmente é, como muitas coisas da vida o são. A grande vantagem é que é muito mais agradável. E faz-me muito mais feliz... Merecido ou não, acaba por ser perfeitamente lógico, ainda que inexplicável. Pois não precisa de justificação... Basta sentir, como dizes. Porque são tantos os motivos que me levam a sentir-me assim por ti, a gostar-te como gosto, a estar apaixonada... és sim, muito diferente do comum dos mortais e espero que o saibas. Não precisas de concordar, que neste caso sei que tenho razão. E muitos pontos o confirmam, para além de todos os que já te expliquei. Aceita. Como me aceitas a mim... Que eu sei porque te escolhi e não me arrependo da escolha. Embora tenha sido assim num repente, como em tanto que já fiz na vida, sei o que fiz. E como. E porquê... só não foi propositado. Foi deixar-me levar pelo que sentia, deixar-me ser abraçada por ti, beijada com esses teus lábios e segura pelas tuas mãos. Foi perder o controlo, para variar... Desequilibrar-me na tua direcção... e tu seguraste-me. E não largaste. E isso tenho que te agradecer. Por me teres querido. Ainda que com todos os meus defeitos e bagagem. Com toda uma vida passada que me acompanha e me faz ser assim como sou. E continuares a querer... com todas as minhas manias, carências, vontades... necessidades! Porque eu preciso-te tanto... Não só para acordar com um sorriso de manhã e adormecer com um idêntico. O dia todo estás comigo, arrasto-te no pensamento, não te largo um segundo. E junto anda um sorriso de satisfação e plenitude. Completa. Por te saber meu, num presente reconfortante e num futuro que cada vez mais parece mais certo. E cristalino. E puro, sentido, desejado... E acima de tudo, merecido. Para mim e para ti... Ainda que ache que mereces tanto mais que só eu... mais comum, ainda que com algumas diferenças.
Não tens de ser inseguro, se conseguires sentir o quanto te quero. Não precisas. Nem tens justificação para o ser. Que te falte o ar como a mim, que te tremam as pernas, que dêem voltas os estômagos, que se arrepiem as espinhas... mas que seja porque não há espaço dentro para tanto sentimento e não por falta de segurança. Sinto-me como um acrobata sem rede de segurança, mas feliz e cheia de adrenalina! Com a certeza de que não me deixarás cair... e se cair, sei que lá estarás para amparar. E para me levantar de novo... Que tu és assim, perfeitamente perfeito para seres amado. Com toda a simplicidade e pureza. Com toda a facilidade de compreensão. Com toda a vontade inexplicável e estranheza familiar. Contigo é só deixar seguir... que creio que a relação já anda sozinha e tem vontade própria... Dou-me por vencida, mais uma vez. Rendida. Derretida. Para ti.
Sempre tua, menos hoje que amanhã...
Adoro-te

Ele disse... (47)

Vou ter que escrever em jeito de resposta... porque ao escrever sairia algo semelhante ao que já foi escrito por ti, contudo nem em todos os pontos...
Em primeiro lugar, o não entender as coisas, nem sempre é mau... aliás, pode ser muito bom. Quando falas em merecer, isso sim é estranho... porque acho que merecemos os dois. Quanto a relações complicadas eu também as tive, mas sempre pensei que não necessitavam de ser assim, e agora que não é, e que nada tem para ser, porquê questionar porque não o são?- é assim simples...com sentimento e com cabeça...
Dizes que sempre controlaste os teus sentimentos, mas será mesmo assim? caso nunca tenhas perdido o controlo, não é bom perdê-lo por quem se gosta? eu penso que sim, eu adoro estar sem controlo, solto e só com a vontade...
Porque precisas de manter o equilibrio? eu ajudo-te e mantemos os dois... mesmo sem controlo... que se lixe, isto é bom demais para o desaproveitarmos... para o negarmos... e como te disse já vamos fazer algo disto que temos, seja estranho ou inexplicável...
Quando falas da bagagem... porque me custaria? eu estou contigo com tudo o que tens, seja o que for, estou contigo de qualquer forma e tu completa... com tudo... não te quero por partes, nem em divisões que não fazem qualquer sentido, quero-te com tudo o que se tem direito...
Não tens que ter medo de nada... eu estou aqui e quero-te tanto... quero-te como tu és, sem que evites nada, quero-te quer tu estejas a sorrir, a chorar, irritada... quero-te... quero-te como és mesmo... nada tens que evitar, porque agora que te encontrei... não te vou deixar fugir...

Mas sabes que também eu tenho receios, também eu temo que fujas, desapareças... que te vás embora e saias pela porta deste mundo que construi em nosso redor... também eu tenho fraquezas, também eu tenho defeitos e terei coisas que não gostarás, eu tenho tudo isso... mas dê por onde der, seja como for... mesmo no dia que decidires ir embora, eu continuarei a lutar por ti... porque te gosto! Não sou nada de especial, nada tenho que me distinga do comum dos mortais... porque me escolheste tu? também não percebo... mas nem eu quero saber porque me escolheste, porque poderás não saber porquê e mais tarde perceberes que não era bem isso... já pensei que poderia ser do momento que viveste... e por agora sentes-te bem com a minha presença e depois poderá passar e irás embora... Também eu sou inseguro, também eu me desfaço em pensamentos e possibilidades relativamente a tudo, mas nem tudo pode ter entendimento... e de tão bom e feliz que me faz... não quero entender. Quero que o tempo que levo a pensar para entender seja aproveitado a pensar em ti.
Sou mais eu agora, sinto-me feliz... quero assim e quero como tu queiras... acordo com um sorriso e deito-me com um sorriso. E quero que saibas que estejas onde estiveres, haverá sempre alguém, que sou eu, que te quer bem e que te quer muito... e que sempre estará por ti seja no que for ou contra quem seja...
Adoro-te

Ela disse... (46)

Hábitos, rotinas e inseguranças
Às vezes páro para pensar... sabendo eu que pensar não é coisa boa e faz mal. Mas mesmo assim penso, porque não entendo. O que se passa. E o que passou para cá se chegar. Nem tão pouco entendo o acto de pensar. Nem o que aconteceu para me fazer pensar.
Não que me queixe ou reclame. Ou que não esteja estupidamente feliz. Que estou... imensamente... completamente. Porque me sinto completa. Embora não soubesse, faltavas-me. Eras tu. E és ainda. E espero que saibas que o és e que te mantenhas sendo. Só não sei que fiz para te merecer.. estou habituada a relações complicadas, pelo facto de não perder o controlo dos sentimentos. Acabo perdendo o controlo de tudo o resto... de modo a conseguir manter o equilíbrio. E vinha já sendo hábito familiar, tão natural, que se tornava parte da rotina da vida. Sem reclamações. Mas contigo é o oposto. Num turbilhão de emoções, é mesmo assim simples. Ser tua. Como se fizesses parte do meu dia a dia desde cedo. Desde sempre. Como se fosse óbvio de tão perfeito que é. E que foi só falta de atenção não ter visto. Distraída... mas foi assim, no meio das distracções propositadas que me redescobri... e quando me encontrei vi-me apaixonada. E feliz... desumanamente feliz, pois não creio que felicidade assim seja comum aos restantes mortais. Mas descubro também o quanto me custa não te ver. E como custa respirar quando estás longe. Ou quando estou longe. E acabo contando o tempo que falta para te reencontrar...
E tenho receio de ser demasiada... de "açambarcar"-te... de te fazer fugir de tanto que te preciso e te gosto. É meio idiota pensar assim, acredito. Mas no meio deste simples desabitual fiquei insegura. Por não perceber como foi que aconteceu. E porquê. Como foi que me viste e como foi que mesmo assim gostaste. E tremem os joelhos ao pensar que descobrirás algo de que não gostas. Nessa tua maneira raio-X de olhar para mim. Que vês por fora, por dentro, através, além de... Ou que te arrependes no meio do turbilhão que é a minha vida e as minhas confusões... a grande bagagem... que me custa a mim carregar, quanto mais perceber que queiras ajudar...
Porque te quero. Tanto... que receio perder-te. Creio que é falta de hábito meu. Não me lembro de como é sentir-me assim... ainda ando às apalpadelas ao terreno, tentando saber como agir, o que posso fazer e o que não devo fazer... Até que ponto é normal ou se pareço lunática... Só espero que tenhas paciência nesta minha fase de acomodação e de me tentar reaprender. Que perdoes as minhas insistências e carências... Sou só eu estupidamente feliz e sem perceber como fiz para te ter ou para me quereres... porque tu mereces tanto e tão mais.
Meio insegura, eu sei. Não me reconheço. Estou habituada a ser senhora de mim e a controlar o que sinto... Mas tu tiras-me o tapete dos pés quando me olhas e fazes-me tremer em cada palavra que me dizes... E quando me beijas perco o meu lugar no mundo.
Mas tua, sempre, mais hoje que ontem...

Ele disse... (45)

Engraçada a forma como construo respostas dentro de mim para cada expressão tua, para cada sorriso, para cada gesto. Sai de maneira natural e sem pensar... nada como agir sem ser condicionado, sem vergonha nem embaraço, simplesmente agir... tudo porque não condenas ou chamas a atenção. Até no momento de pedir desculpa, tudo parece despropositado porque me aceitas assim, com todos estes defeitos e toda esta atitude que não raras vezes carrega fardos e fardos de negatividade ou de pensamentos fúteis e inuteis.
Quero-te para mim, porque nos sei cruzados noutros tempos, de romance e de amor, ainda que passados... em comunhão! Este será de certeza um reencontro de vidas anteriores em que brincamos e sorrimos... mas que fomos iguais e partilhamos algo tão belo e perfeito, que hoje... tudo parece acontecer muito rápido, mas na verdade tudo já aconteceu...
Se és assim, se me trazes um sorriso ao acordar, se me trazes uma prenda em cada palavra em cada olhar... e agradeço de forma honesta... esta maravilhosa oportunidade de te voltar a ter no meu caminho, outra vez agora, nesta vida...

Ela disse... (44)

Só tu não te vês como eu te vejo... Um romântico incurável que me mima, protege, apoia, guia, acompanha... Que me embala nos braços com a promessa muda de que sou capaz de tudo e que nada me deterá. Aplaudes quando sorrio, enxugas as lágrimas quando choro... Aturas-me as manias principescas com uma certeza de que é assim mesmo que me queres e que me gostas. Iluminas-me quando me olhas, me sorris... e expludo de alegria apaixonada contagiante de cada vez que te leio num ecrã de computador ou telemóvel. Estás por toda a parte, sempre presente, mesmo que não fisicamente. Porque te trago comigo, sabendo que me tens e és meu... querendo ou não, percebendo ou não... não precisas de te ver como te vejo. Basta que gostes de mim como eu te gosto. O suficiente para aguentar mais um dia, acreditando que amanhã gostarei ainda mais... intensamente, vivamente, envolvente... e o dia será melhor.
Mantém por perto que eu não fujo...
Mais tua hoje que ontem,
Beijos

Ele disse... (43)

Feliz, estou feliz... poderia sair a gritar na rua... e desde que me sentissem como sinto, sei que ninguém iria rir de mim. Devorei todos os momentos, o aconchego, o respirar, os olhos fechados e a voz que saía de forma natural... sem que existisse qualquer preconceito pelo que se dissesse, sem julgamentos... depois veio a pele... que colada na minha se torna unica e cada toque era como se fosse próprio e no sitio certo. Feliz porque te senti comigo e senti mesmo... porque ali estavas se nada tenho de especial? . mas senti e senti... e fiquei a sentir mesmo depois de ires embora... e continuo a sentir ainda que estejas longe... provei-te e soubeste-me tão bem... e tão unica... e tão minha!
Adoro-te

Ela disse... (42)

Fazes-me feliz por me fazeres sentir mais eu e gostares de mim assim. E me aceitares.. Partilhas comigo o que é importante para ti, o que te faz seres como és, como se todo o teu mundo fosse agora meu... ou nosso. E encho-me de orgulho por me escolheres... E fico incerta por não saber o porquê. Mas gosto assim. De ti e da vida. Embora tu me trates melhor.
Ainda estou com falta de palavras, perdida em pensamentos, lembranças e futuros. Ainda a sentir-te em mim e a sentir-me aí. Todos os beijos, todos os abraços, todos os mimos... a companhia, as conversas, palavra a palavra... Os teus olhos, os teus lábios, as tuas mãos... e agora os teus ombros que também me pertencem. Toco-te, ainda que à distância... E ainda te saboreio... e me aqueces nos teus braços.
Ouvi hoje uma música na televisão que disse mais do que eu consigo dizer por embalada que estou...

http://www.youtube.com/watch?v=JShel7kLqos



Espero que gostes...
Beijos
Sempre tua

Ela disse... (41)

Suspiro, novamente... perdida pelo tempo de espera que me consome. Suspiro pelas palavras que bebo... perdida num deserto, és um oásis com fonte de água fresca. Que me guia como objectivo, me acolhe quando chego... me transporta para sonhos distantes, vívidos de tão reais que os sinto. Estás por todo o lado, à minha volta. Espreitas por entre conversas que passam e talheres que raspam em pratos. Encontro-te em sorrisos que partilho, por saber que estarias também a sorrir. E rio-me perdida, entre frases que só tu entenderias... Espero-te. E sigo caminho, contando encontrar-te sentado na próxima curva. Com esse ar próprio de puto reguila que me olha com ar de presente para todo um futuro. Nesse teu modo simples e simplificado que me descomplica, até mesmo quando não me percebo.. ou quando não me quero perceber. E dás-me a mão e apoias... incentivas os sonhos e apoias nos desaires. Como se toda a minha vida aí estivesses pronto a receber-me. E a ter-me.
Acabo pensando que caminhei nesta estrada desde sempre e que em todos os cruzamentos procurei a seta indicando-te como porto seguro. Mas caminhei devagar e incerta, achando que não lá estarias... Mas estás. E fazes-me feliz e enches-me de sentimentos que achava perdidos e inalcansáveis...
Volta rápido, que ainda tenho tanto futuro para tornar presente...
Beijos
Sempre tua

Ela disse... (40)

Ando a suspirar por ti... Ansiosa pelo que mostras e pelo que fica por descobrir... Que os teus olhos, quando me olham, vêem-me e vêm para lá de mim. Vêm os sonhos que sonho, os medos que me fazem recear e o futuro pelo qual espero. Onde estamos os dois. Onde aguardam os momentos de partilha, os beijos que faltam dar, os desejos para repartir. Olho para as fotos e sorrio... por saber que quando fecho os olhos, continuo a sorrir, ao sentir-te junto a mim... a olhares-me, a beijares-me, a abraçares-me... Conto o tempo que falta para me ter contigo outra vez. E empurro os segundos, para que se transformem em minutos e estes em horas, rapidamente. Que quando estou contigo encontro-me e gosto mais de mim. Por me ver sentir como tu me vês...

Em beijos nos teus lábios, abraçada pelas tuas mãos e a perder-me nos teus olhos...

Ele disse... (39)

Tenho saudades... quantas vezes já te repeti estas palavras, e quantas vezes as repito a mim sem deixar de pensar...`Por um lado o corpo longe, deixa ansiar deixa uma sensação de vazio... pela distância, por outro lado contente e feliz... porque sinto mais que corpo... sinto mais que um toque de pele com pele sinto mais e mais e alegro-me contigo, porque te sinto assim, comigo e junto a mim... tudo junto, deixa-me sem palavras, sem qualquer comentário, só com o brilho de quem gosta mesmo e gosta de gostar...
Esta forma de sentir, quase que me faz acreditar em predestinação... e acredito... parece que te esperei sempre... sinto que sempre estava ali, á espera de um olhar, de uma palavra... como completemento ao que tanto guardo dentro de mim e que quero que seja teu... Incrivel... mas real! E sinto que é algo inevitável, sem correntes, sem amarras que não permitam que aconteça... e sem pressa, sem precipitação... porque a verdade... terás sempre que vir a esta estrada, onde estou sentado na berma á tua espera, á espera que chegues... sem desanimar... alegre, contente e feliz... aquela felicidade que nos traz um sorriso de puto reguila e brincalhão que sabe o que realmente o faz feliz... e que nada pede, nada exige... assim sou eu... para ti!
Recebe-me, procura aceitar-me desta forma que é tanto minha... aceita as minhas palavras como expressão do que mais quero... que sejas feliz comigo. Que percebas que estou aqui por ti e para ti... e que sou real, nesta forma tão simples e simplificada... que sou com quem podes falar sobre o que queiras... e acima de tudo que te percebo, por esta enorme semelhança que temos no sentir. Quero-te sem obrigações, sem pensares que não deves isto ou aquilo... quero que sejas como és e que faças como entenderes, sem prisões ao que eu possa sentir, ou pensar... quero-te livre de tudo isso...mas quero-te simplificada e simples como sou, que digas o que entenderes sabendo que em algum desses pontos eu te percebo senão em todos... Que sejas exactamente como te conheço... uma mulher linda, seja chateada, irritada, rouca, despenteada, sem humor, mas que em todos estes momentos todos que sejas tu. Quero-te por completo e completa... com defeitos, com virtudes mas tu... por completo! Nada peço... a não ser que em algum ponto consigas sentir um pouco do que sinto... e que façamos o melhor para nós... que desejo sermos NÓS!

Inexplicável, incontrolável... mas nunca estranho..

Sempre...

Ele disse... (38)

Estava a pensar em escrever... tenho tanto por dizer... tanto por escrever do que sinto... que provavelmente demoraria horas sentado aqui... até que os meus dedos definhassem... e o meu cérebro entrasse em colapso... por não ser possível processar tanto sentimento que me vem do coração...
Desta forma decidi fazer algo diferente, algo que visses e te risses, só a pensar como o fiz... também eu me ri...

Faço-te aqui a apresentação de mim, podes ver todas as partes do meu corpo que te anseiam...
Os ombros descobres depois...
Adoro-te

Ele disse... (37)

Aqui estou eu... já à conversa com o meu amigo Grants... pais foram dormir a irmã de cama e fico eu e o Grants na conversa enquanto o meu cunhado adormece o João. Engraçado como durante tantos dias se vive para um momento,,, em euforia, em correria, para que depois em menos de um instante tudo acabar, e novamente voltar ao normal, tirando obviamente a parte do almoço de amanhã que é igualmente um momento alto e grande de comesaina perfeita. Acabo aqui então eu e o Grants... camarada e conselheiro que absorve todos os meus pensamentos, e me ouve com tal atenção que chega a parecer que entra dentro dos meus pensamentos... á medida que é deglutido... com categoria e suprema absorção.
E vou-lhe confessando coisas a que ele não reage... mas que ouve com atenção... vou-lhe explicando como me pode acontecer... estar assim apaixonado, desta forma que me consome e te devora... como é possível que te sinta tanto em mim e que me sinta tanto em ti, como podemods ser tão semelhantes e ao mesmo tempo tão diferentes... mas unos. Digo-lhe que sou feliz... porque vejo nos teus olhos que foste feita para mim... tens a minha metade... se sou corpo tu és os meus braços e pernas... se sou árvore és os meus ramos que me equilibram... se sou sol... és a brisa que refresca para não queimar... se sou sou nuvem és a chuva que transporto... és eu e eu sou tu...
Quero-te com a certeza de que vou ser feliz, de que vamos ser felizes... em construção constante... porque não nos rendemos... sentimos com a mesma força, com a mesma vontade de querer sentir...
Adoro-te!

Ele disse... (36)

Humm, como estou desactualizado... mais impossível... mas ainda assim é um momento. O que se escreve regista esse momento... ontem adorei a noite, foi simples, divertida e especial... tu estavas lá sempre, comigo, sempre a rir e a divertir num misto de desejo e querer estar. Gostei de mostrar onde trabalho... gostei de te mostrar o que faço... o que sou. Deu-me aquele frio na barriga quando te beijei, como se fosse a primeira vez... como se tivesse que pedir licença ao espaço entre nós para o vencer e assim chegar junto dos lábios que tanto quero.
Tens o que mais posso querer, e quero ter o que mais queiras... os receios são fruto de quem gosta e não quer perder porque se sente mesmo bem... contigo ao lado.
Vamos fazer algo com isto, com este sentimento, com estas palavras que desenbrulhamos todos os dias...
Eu ainda vou ás compras, o que não deixa de ser afazer natalício... vou tarde mas vou fazer... sobre pressão...
Tenho saudades tuas, de ti... dos teus olhos, das mãos e braços... tenho saudade de nós ali a sorrir, como se fosse em camara lenta e ao lado nada nos afectasse... Quero-te para mim e minha!
Mil e um beijos deste que está... sempre por ti...

Ela disse... (35)

No seguimento do anterior... desactualizadíssimo. Tua. Só tua. Para as as tuas mãos, para os teus olhos, para os teus lábios, para a tua pele... Se me partilhas com alguém, é com o resto de ti. Com a outra metade. Mas se metade sou eu... partilhas-me comigo. E como metade de mim és tu, partilho-te contigo e comigo... Se pensarmos bem, somos uno. Deixamos de ser dois faz tempo, creio eu.. E não te quero receoso de mais. Não mereces. Não estou contigo para não estares bem. Quero-te feliz e pleno, iluminado como o sol de Verão. Quero-te para mim, comigo. Abraçar, beijar, colar, devorar, erguer, falar, gostar... fugiu-me o "h"... de homem. Estás em Lisboa...
Vou voltar para os afazeres natalícios, que creio que o próximo mail a responder já é mesmo do nosso tempo...

Ainda tua, que não fugi

Ela disse... (34)

Estava eu cheia dos afazeres do Natal (que a mim irrita este stress, estas correrias, estes 1020 pratos diferentes de comida que hão-de chegar aos Reis... pois não há quem coma tanto!) quando me deu um aperto de saudade... tive de vir aqui, sentir-te por cá. Resolvi repor os mails que faltam, pagar as minhas dívidas, quando me apercebo que este, por exemplo, não respondi. E não há propriamente uma resposta agora... está assim como, haver se descubro a palavra... ora bem.... desactualizado. 'díssimo. Vou passar este à frente, com sua licença.

Completamente tua

Ele disse... (33)

Há momentos assim... infelizmente a vida não é o que desenhamos... ou o que eu desenharia para ti... mas é a vida e nas dificuldades conseguimos perceber realmente o que se passa á nossa volta, quem está, quem não está, quem finge estar... a vida é mesmo assim, mas esta frase não chega e não nos alimenta, resume justificação para tudo, quando não o é.
Seja no que for, sabes-me aqui, contigo... junto ao teu peito e a respirar ao mesmo ritmo... com a mesma respiração ofegante... confusões? -nada me toca, dás-me força só com a palavra "doce"... não vás abaixo... eu não deixo que vás... agora que te encontrei...
Respeito o que penses... o que faças, desde que seja por ti e para o teu bem ou somente porque queiras... e estou contigo em todos estes passos...
O melhor que tenho para oferecer... sou eu mesmo... com defeitos e tudo que é um extra neste meu comportamento... Lembra-te que me sinto reflectido em cada sentimento teu... e que nunca te deixarei ficar mal por falta de mim... abraça-me e beija-me ainda que em sonhos... eu sei que vou sentir...

Adoro-te mesmo e tanto.

Ele disse... (32)

Não consigo dormir... que espanto! Sempre foi assim, mas hoje não consigo porque te tenho a rodar sobre mim, sobre a minha cabeça... é fantástico e ao mesmo tempo deixa-me assim, sem sono! Gostava de perceber, gostava de entender porque fico assim... talvez saiba metade e queira esquecer o resto...
Porque é assim mesmo... metade e só metade... e com isso fico assim sem sono... sem conseguir pensar no que me leva a ser assim ou assim ficar...
Seja o que for é real e eu sou metade...

Aí faz mesmo sentido esta letra...


Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
e a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta à um homem inundado de sentimento
porque metade de mim é o que ouço
mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
e a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
e a outra metade não sei
Que não seja preciso mais que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta
mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
porque metade de mim é platéia
e a outra metade é a canção
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.

Ele disse... (31)

Aqui sozinho... não faz sentido neste momento... porque sentido teria de outra forma. Que me aconteceu? o que fizeste o que fiz eu? Porque sinto de repente a tua falta como se não estivesse inteiro, como se não estivesse completo... que ciência poderá explicar o que me sucede a cada sorriso, a cada suspiro, a cadamilésimo de segundo...
Sem explicação fico e sem explicação estou... é bom sentir assim... mas há medo e há receio que todo este momento seja um enorme vazio que me poderá engolir e que quando acorde... simplesmente nada tenha existido. Quando te dou a mão vem uma calma ao coração... como quem finalmente chega a casa após tudo de ruim ter acontecido nesse dia... é um chegar, ser recolhido, abrigado... é um momento unico.
Confesso que receio... que tenho medo que nada do que penso ou sinto faça sentido, que nada se concretize e que ande simplesmente por aqui no meio da estrada á espera de ser atropelado, e o que começou por ser uma bicicleta... será neste momento bem maior e que em resultado disso este ferido não se consiga levantar...
Resta-me sentar e esperar porque és tu quem eu quero...
Resta-me sonhar contigo e pensar que estás aqui e não aí... e que tudo o que fazes vem em minha direcção... resta-me pensar que só em mim pensas e que és minha... mas não é

Ele disse... (30)

Não sei de onde vem... nem sei para onde vai, o que me fazes sentir e no que me transformo quando estou contigo... Saber que sou tocado pelo mesmo sol que agora me abraça... é um consolo, que me aquece como tu, quando te lembro... quando te encostas em mim. Gostar assim, seja loucura, vício, obsessão, seja a mais insane acção que se possa ter, existe unicamente a certeza de não conseguir evitar, de não conseguir alterar...
Faz-me feliz... sabendo o que sei... ainda assim me faz feliz e muito... se me perguntassem vale a pena? responderia que sim, sem qualquer duvida, vale. E quero e quero outra vez... e volto a querer o próprio querer... porque me faz sentir o que nunca havia sentido. São momentos unicos aqueles em que estou contigo... em que levanto os pés do chão e simplesmente dançamos e dançamos ao ritmo de um tango suave...
Acordo contigo no pensamento depois de ter sonhado contigo... e sorrio cada vez que penso em ti, e só faço isso e só sorrio, não quero pensar em mais nada, não quero pensar em hipóteses que te afastem de mim, não quero pensar em beijos que deveriam ser meus, em toques que deveriam ser dados pelas minhas mãos, em olhares que deveriam ser meus... só em ti, e em ti comigo... é só o que penso!
Por longa que se torne a espera, por longa que se torne a estrada... nada será demais desde que viva com este pensamento de te poder ter...

Gosto-te muito!

Ela disse... (29)

Fico assim quieta, quando te leio... E quando termino, respiro fundo, volto a ler, suspiro... Fecho os olhos e imagino-te junto a mim, abraçados. E olho-te nos olhos, para lá deles, para lá da alma e beijo-te.
Quero-te... imensamente. Para mim. E por te querer tanto, quero esperar para te ter. Mas por te querer assim, não é possível não te ver, porque perco o controlo com o excesso das saudades. São muito pesadas, arrastam-me, não consigo carregá-las sozinha... nem quero. Preciso ver-te. É necessário. Para poder sorrir, trabalhar, comer. Não tenho jeito para estar apaixonada, não sei lidar comigo assim, nem sei funcionar... O friozinho no estômago que me mantem quente mas me arrepia e desconcentra. Sinto-me mais eu que nunca e mesmo assim, por estares ai e eu aqui, só me sinto metade.
As mensagens dão-me ânimo, fazem passar mais depressa o tempo que falta. Para te ver, para te ter, para te sentir. Para me entregar... Para te roubar... Para não te largar... Não te deixar ir... Não fujas. Fica comigo aqui. Para ser feliz só por te sentir meu. Por te saber meu. Por te gostar. Por esperar mais uma frase, escrita ou ouvida, que me diga o que sentes. Secretamente desejando que sintas o mesmo que eu, ainda que talvez o verbalize menos que tu, por receio de sair magoada. Que eu desconfio da paixão, que não me tratou bem da última vez que me encontrou. Mas sou feliz quando estás perto. Quando me ligas... me mandas uma mensagem, escreves um mail, dedicas uma música... me vais esperar à porta da "tua casa" (lembrando tempos de adolescencia...à espera à porta).
Sei que me queres bem. Que me queres ver feliz... É fácil. Espera por mim até ser tua... e me dares o beijo no coração.
Beijo

Ele disse... (28)

Olá... escrevo novamente... cheio de palavras novas e "mensagens" novas. Se calhar não devia escrever e calar-me... mas é completamente incontrolável este meu sentimento... até brincaram comigo por isso... porque agarrado ao telemóvel nem sequer vi metade dos "strips"... pecado para estas bandas... eheh.
Não consigo resistir a uma mensagem... não aguento esperar pela próxima... e depois queria tanto ouvir a tua voz... e liguei... mas não eram horas para ligar, tanto não eram que passeavas os cães... (como dizia o poeta: "erros meus , má fortuna... amor ardente")... e não acontece novamente... prometo! Tenho saudades tuas... do teu cheiro... do teu beijo e do teu olhar... de um abraço... mas hoje estive ali e não estive... queria estar contigo... mas depois acabei por sorrir e me divertir... achei piada àquilo tudo... mesmo... nunca tinha ido a um restaurante assim... onde mal se vê a comida... e onde as senhoras após a refeição caminham pela mesa... e onde homens que trabalham comigo fazem strips e ganham semanas no Algarve...
Durante tudo isto tu ali comigo... á distância e na expectativa de uma mensagem... que se transforma no que tão bem dizes... obsessão. Não tenho culpa... a culpa é tua... de seres assim...
Descubro a cada momento que passa que tu és muito importante para mim... mas há algo mais importante que tu... a tua felicidade! É esse o meu mote... o meu grande principio... ainda que tu não queiras saber... quero eu...
Só te quero ver bem... ainda que longe, ainda que com alguém que não eu... quero-te feliz!

Beijos no coração

Ele disse... (27)

Deixas-me assim... a flutuar, a pairar como ave de rapina... que não mais quer lançar os pés no chão que me pretende alcançar e prender. Sinto-me tonto, largado num olhar teu que me leva na direcção que queiras... não imaginas a vontade que tenho de estar contigo... de te poder abraçar e sentir que me abraças...
Quero estar aqui, quero que me sintas aqui... quero que me vejas como alguém que te quer... e muito e que saibas que sou assim. Sinto e volto a sentir uma imensidão de pulsões e de vontades e quereres.. que não se explicam...mas que assim são!
Quero que me vejas... e me sintas... quero que me abraces e me beijes... e me gostes como te gosto.
Estou baralhado ainda com o teu beijo... contigo ali tão perto... tão junto... tão em mim.

Beijo no coração.

Ele disse... (26)

Cá estou novamente agarrado á escrita... A querer-te dizer coisas e mais coisas... quando tudo se poderia resumir a um gosto-te. Leio-te e releio-te e tudo para mim parece fazer tanto sentido. Mais ou menos a significar a frase que diz "fizeste o meu dia"... e fazes! Acabei por ler com atenção o que disse a tua amiga alexandra... que muito bem funcionará como consciência... e acabei por perceber o que ela diz... e leva-me a pensar, como aliás já tinha pensado...
Uma coisa nunca se poderá confundir com a outra, ela tem razão. Como costumo dizer... uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa... Confundir só poderá fazer mal. Não quero nunca que te prejudiques por mim e nem que faças o que quer que seja só porque estou aqui... tem que ser por ti e só por ti... lembra-te sempre que o facto de gostar-te implica que seja teu amigo também e só te quero ver bem...

Desculpa ser assim curto e grosso... mas foi o que saiu...

Ela disse... (25)

Espero estar contigo... e de poder ficar. Não precisa de ser sempre, nem a toda a hora, pois isso já faço. Trago-te dentro. Mas espero que seja quando me apetecer e tu puderes. E que eu possa estar sempre, quando te apetecer a ti. Que partilhes o tempo livre ou os intervalos entre os outros tempos. Qualquer segundo entre minutos ou dias entre semanas... Ou anos de uma vida. Mas que sejam oferecidos e merecidos. Sem cobrar ou olhar para o relógio... Mas com permissão de ausência repentina, que a tua esposa é exigente.
Espero que todos os nossos minutos valham sempre horas... Dás-me vida, fazes-me sentir viva e acabo vivendo para contar o tempo que passou depois de te ver e o que falta para te encontrar. Meio obsessão... eu sei. Tento controlar-me... Mas roubaste-me o controlo.
Espero merecer-te. E ser tua. Poder entregar-me por completo, deixar-me cair no teu abraço, sem restrições... Ficar sem ar... Perder o comedimento que ainda me resta. Mas espero não te assustar. Nem magoar. Nem desiludir. Que receio não ser tudo aquilo que vês... Ou não estar à altura. Ou que me falhem as pernas de tanto tremerem quando te sentem na vizinhança. Receio de ir abaixo. Ou até receio de que isso seja falta de óculos...
Espero que me vejas por completo. Que descubras os defeitos. As incorrecções. Mas que me gostes mesmo assim... Receio julgamentos, não os faço. Embora acredite que o passado nos faz, não creio que nos defina. Não somos o passado, desde que se aprenda com ele. Sei que não sou exemplo. Nem bom nem mau. Fiz sempre o que achei que podia. Tentei sempre ser o melhor de mim. Tento. Mas também errei muito e, às vezes, mais que uma vez repeti erros. Talvez para ter a certeza. Porque não sou pessoa de deixar "se's" pendentes... a não ser os absolutamente impossíveis de evitar. Aí dou-me por vencida. E se estou apaixonada?
Espero que me acolhas mas que não me colhas. Que me recebas mas não remediado. Que não mudes mas que florescas. Que não critiques mas que ensines. Que não apontes mas que mostres. Não me leias, declama-me! Para ti...
Beijos... que espero que cheguem aí...

Ele disse... (24)

Vi as tuas mensagens... contudo não sabia se podia responder... desculpa!
Não sabes o quanto te quero...
tenho em mim desejos... e permaneço aqui... se me ligasses... estaria aqui á tua espera...
agora vou adormecer e sonhar contigo... dê por onde der... eu quero-te
mais que tudo e mais que a minha vontade...
Não fujas minha vida... vivo nisto e para ti... só te quero...
se calhar venho amanhã
se quiser ... ficas comigo?

beijo até amanhã

Ela disse... (23)

E quero num querer que me atravessa em todas as direcções... Quero-te ao segundo. Não de lugar, mas de tempo... E quero-te pelo tempo que te mereço. Mas se não chegar, quero tempo emprestado. Ou que me dês... Ou que pares o tempo quando estamos juntos, para que mesmo breve seja muito.. E mesmo não sendo suficiente, que seja o bastante para me acalmar. Porque ter-te rouba-me! Já não me lembro de mim, já não me conheço... mas quando te vejo encontro-me, porque é contigo que estou... e reconheço-me quando me vejo nos teus olhos. Mais ninguém me vê assim...
E descubro-te quando me olho ao espelho, vejo-te do outro lado... que não sou eu que lá estou, nem o meu reflexo. Estou longe, junto a ti e daí não consigo sair. E quando me visto e me dispo são as tuas mãos que o fazem... que as minhas devem andar abraçadas a ti. E quando como penso em ti, no sabor que partilhaste e a marca que ficou... Já nada me sabe ao mesmo. És tu em toda a parte... em mim, a rodear-me, a observar-me... És tu o vento que se passeia em mim, a chuva que me cobre, a lua que me adormece, o sol que me ilumina, as estrelas que me embalam... Não sei porque me queres assim, mas sei porque te quero. Nem sei como fazes para estar em todo o lado, mesmo quando não estás... E como me sinto uma princesa quando me olhas, me tocas, me beijas...
Quero-te assim como és, com o tempo que tens e as mãos que se passeiam... Mas custa-me estar longe.

Ele disse... (22)

Quero e quero... encontro-te em todo o lado, nas minhas mãos, no meu corpo, nos meus olhos, na minha mente. Quero mesmo que sejas minha... quero que me abraces e me beijes com o fulgor de um outro que me deste e a serenidade em que os teus lábios passeiam por mim...
Quero e quero sentir o tremer das pernas... quando te aproximas e quero acima de tudo sentir-te ao meu colo com a cabeça no meu ombro para que possa respirar junto a ti, já que tantas vezes me levas a respiração...
E quero assim sem medo, sem receio... e vou-te beijar sempre com a mesma vontade que tenho e entrego-me porque é assim que a vida me leva.
Quero-te tanto...

Ela disse... (21)

Tolice é a distância que nos separa. O quereres-me, neste meu emaranhado a que chamo vida. O querer-te sem saber bem porquê... sem saber como o fizeste... ou porquê. E tonta é como me sinto quando te falo... como fico quando estás por perto e me roubas o ar. E arrancas o coração do meu peito... Roubas, não furtas, porque é doloroso vê-lo andar fora de mim. E mais ainda andar longe de ti, à tua procura... Tolice é o encontro.. as conversas banais... os desencontros regados de desejo apertado que fica por viver. O chão que se abana e foge dos pés é que é tolo e desconcentra, não nós que nos tentamos manter de pé...
E absurdo é o tempo de espera... a separação que nos une e a união que nos separa. Absurdamente irreal... sentir-te meu sabendo-te longe e livre. Absurdas as saudades de um tempo que não é nosso mas que sei que já o vivemos... E o tempo de hesitação. O desgaste de horas perdidas que poderiam ter sido nossas... Absurdo sentir como se tivessem sido.
Simples é o acto de gostar de ti. Simplificado ao ponto de não ser explicável. Gostar. Na sua forma mais pura, que não necessita de nada mais quando é assim. Sincero e completo. E porque é simples, é fácil.. e mesmo tendo evitado, o facto de ser simples tornou complicado o acto de me desviar. Ou até de te evitar. Mas isso seria loucura... E tolice. E ouso até dizer que seria absurdo. Assim como não pensar os pensamentos que nos envolvem. Vivê-los é o sonho. Que espero tornar real. Para que quando me procurares me vejas. À tua espera... e não tu à minha espera.
Beijos absurdamente simples e sinceros, com um grande laço extravagante de tolice..

Ele disse... (20)

nem sei o que escrever... tolices que realmente não transmitam aquilo que sinto neste momento... porque isso sim será para além de tolice... absurdo!
Caio neste momento no chão que tantas vezes me ampara para que não atinja o fundo, este mesmo que me chama e chamou vezes sem conta... porque me quer e é ali que me gosta... assim aninhado e agarrado ás pernas com a cabeça entre os joelhos a pensar naquilo que mais falta me faz... e que realmente desejo...
Sou assim simples e simplificado... sem devaneios que permitam ser extravagante... mas com pensamentos que permitem ser meio louco e pouco ponderado... e nestes momentos ando sem reino, sem espaços que me confinem para que possa bater com a cabeça e acordar... sem limites ao que limitado está...
Debato-me comigo contra vontades imensas que emergem do que realmente sou... sem qualquer ambiente castrador porque não quero mesmo que sejam assim comigo... aliás quem o for arrisca... num momento a perder e no outro a perder-se... poderia prometer o que não tenho e dar tudo o que tenho que seria pouco pela realidade do momento e da alegria do que realmente possuo...
Serão estas as palavras que devo escrever e que me deambulam pela cabeça... ou seriam coisas diferentes?
Serão estes sentimentos correctos... ou devo fugir deles... escapar como fugitivo?
Serão estes os pensamentos que poderão mudar vidas?...
mas onde estás agora...?
não aqui.

Ela disse... (19)

Hoje são palavras soltas, não me apetece ter nexo. Só porque me apetecia falar contigo e não estás... sem cobranças, claro, que estás ausente com razão. E se não fosse a tua razão, seria a minha. E também não me apetece refilar comigo. Então escrevo-te. Porque sei que depois me lês.. e que depois estarás junto, ao ler... e me abraçarás. E a tristeza que me incomoda desaparece, porque te sentirei. E me fazes sentir como na música que te envio no início. Nem era para escrever... era só a música. Mas o ecrã branco desenhou-te e tive de te falar.
Mas falar só, só por falar. Que a metade de mim que costuma ter razão não está cá. E a outra metade pintou unhas. Laranja. Para lembrar o pôr-do-sol do Verão... e porque não tenho verniz amarelo. E depois vim procurar-te... e escrever com os dedos com unhas frescas de tinta, não dá jeito. Não foi boa ideia. Foi boa a intenção. E a intenção é que conta. Mas de boas intenções está o inferno cheio... Esquece tentar tirar sentido disto. Chegando ao final, quando não tiver mais palavras, vais ver que nada disse que se aproveite. Mas digo. E falo. E quando me deitar sem ti, vou estar gasta de palavras e de pensamentos. Pronta a dormir. Mas também não foi boa ideia pintar as unhas antes de me despir e vestir o pijama... Pormenores... Agora arrependo-me de hoje não ter vestido um vestido. Trenga...
Hoje tinha tido um bom dia... Ver-te teria sido um pacote de batatas fritas de presunto e um fino. Eu gosto de batatas fritas de presunto. Muito. O fino bebi-o ao jantar. Mas a vida tem esta tendência tendenciosa de me provar várias vezes a "desexactidão" das minhas escolhas. Atirar uma moeda ao ar está visto que não é solução - evitar repetir. Deixar andar às vezes funciona - estou à espera das estatísticas. E sou terrível a evitar-te. Pior ainda a deixar-te estar. Ando a treinar bom comportamento e auto-controlo. Mas acho que vou chumbar... Algum dia tinha de ser. Chumbar. Porque sempre fui boa aluna.
Hoje seria uma boa noite para dormires junto. Repara no verbo. Dormir. Porque hoje deixava-te dormir. Desde que enrolado em mim. Pelo menos o abraço. E os pés para aquecerem os meus. E a respiração no pescoço. Que eu estou de costas e tu junto a mim. Caso estivesses desatento. E um beijo pousado no ombro... quente. O beijo. Acho que o ombro também está frio. Não te importas da frieza na temperatura? Fresca no Verão, gelada no resto do ano. Falta camada adiposa, mas não sou adepta.
Vou mudar de assunto. Que me lembrei novamente de nós, na varanda da cozinha. E a falar do jantar dos reformados (lembrei-me agora do assunto do momento em causa...)... junto. E relembro que não és reformado. E que aquele beijo soube bem assim. Não bem assim... que te afastaste. Mas voltaste. Ou puxei-te... Depois faço um relatório pelo uso da força... Shame on me.
Gosto do cheiro do verniz. E gosto do teu cheiro. E agora também gosto de unhas cor-de-laranja. E gosto de algodão doce. E de montanhas-russas. Não ao mesmo tempo. Mas não digo mais de mim. Que isso são coisas para eu saber e para tu descobrires.
Já foi o último avião. E tu deves ir jantar. Ainda bem que andas sempre tão ocupado. Por mais estranho que pareça, até faz sentido dizer isto. Pelo menos do meu ponto de vista. De agora. Que também não tenho tempo para te dar. Pelo menos como gostaria. Como quero. E, sem querer tornar-me repetitiva mas já o sendo, como mereces. Assim, como o tempo é pouco, também não te apercebes. Da minha ausência. Digo eu... Não da falta.
Mas sei que é assim. O teu trabalho. E que isso faz parte de ti. E é assim como és que te gosto... E espero um dia ter mais tempo para ti. Nem que seja para o gastar à tua espera. Porque sei que chegarás. Sempre. Espero...
Foi um bom dia. Não tudo o que esperava dele. Podia ter acabado bem. Podia ter acabado ainda melhor. Mas bastava não ter acabado mal. Que eu detesto discutir, principalmente quando estou bem disposta. E depois deixo de estar... Descarregar em ti também não está bem. E já escrevi muito. Acho que começam a faltar as palavras... e enches-me novamento o pensamento. Era para esvaziar também de pensamentos, mas estes são bem agradáveis. Também incluem nós. E deitados... e peço desculpa, mas já mudei de verbo. Que até posso ir dormir... mas quando sonho, o verbo já pode ser outro. E pode incluir pele. E pele na pele. Sinais e tu a contá-los. E a sorrires-me...
Fico-me por aqui... com o teu sorriso e os teus lábios próximos. E o teu sem jeito... hesitação misturada com vontade comedida e desejo... Muito respeitador... Que ainda me deixa com mais vontade... acho que se calhar fazes de propósito para me deixares assim... Bem. Já vou no sonho e falta adormecer...
Deixo-te aqui. Espero por ti ali. Não demores.
Beijos, como o de ontem, encostados à parede.

Ela disse... (18)

Porque me parece tão certo, numa altura que sei errada? Porque mesmo me convencendo de tudo o que mereces, não consigo não te querer? Continuo desejando cada momento presente, embrulhado ou por desembrulhar... porque no meio desta visível falta de sentido, parece fazermos todo o sentido existente neste mundo. E acho que ainda mais um pouco...
O simples acto de escrever. De juntar letras em puzzles de palavras, construindo frases... No sentido de prenda, não de recado. O simples acto de me fazeres escrever, quando não o fazia há eternidades. E escrever para ti, para me leres, para me sentires aí. Para saberes que mesmo não devendo, não te largo. As forças que tinha usei para te segurar... e gastei todas. Não tenho de sobra para me convencer a largar... Só a vontade me sobra. O desejo. Os beijos que guardo para presente.. num futuro que desejo próximo, ao ponto de no acto virar já passado.
Quando te vejo, quando te sinto, mesmo na distância... Esqueço os problemas, os deveres, tudo o que me impede de ser eu. De me sentir eu. Quando estou contigo, estou mesmo. Sou mesmo. Sem vergonhas, sem esconderijos. Sem desculpas... até a razão me foge. Não consigo pensar direito... Mas não creio que para sentir seja preciso pensar. E se só penso em ti, não é pensar direito? E se só sentir, se só te sentir, precisarei de pensar?
Vou-me cingir a sentir-te. Vou esquecer pensar. Não preciso pensar em ti para te sentir. A toda a hora, todos os passos... sei-te perto. Sinto-me rodeada por ti. Não vou pensar no que devo. Ou que não devo... Ou sequer pensar se é certo ou errado. Vou só beijar-te quando puder. Enquanto puder. E esperar que a vida pense por mim, para variar. Que me deixe sentir... E que te deixe ficar. Ou que faça com que te mereça, para te convencer a não partir. Para não quebrar...
Porque és assim? Porque me completas...? Como fazes para me sentir mais eu?
Beijos, todos. Não quero que sobrem cá e te faltem aí...

Ele disse... (17)

É bom... faz sorrir... torna vício o acto simples...
recordo coisas que nunca passei... momentos nunca vividos. É estranho mas é presente (quer seja do indicativo ou do aniversário), e desembrulhá-lo é segredo guardado para ti... mas mais para mim. Atrevo-me neste momento porque sei que é... porque sei que me falta. Gosto de sentir o arrepio que me trazes em cada momento que me dás, sejam banalidades, sejam palavras quentes com a cor de um momento por inventar... mas quente como a face que ruboriza quando te vejo...
Inalcansável, como Deusa, que se adora... por quem nos ajoelhamos, mas que não sentimos... assim te sinto, ainda que te toque, ainda que sejas presente... (dos tais...)
Não há momentos destes na vida que não devam ser vividos, sentidos... apaixonantes e apaixonados... que revelem o que realmente somos... o que queremos e desejamos... seja assim como for... quero! É uma viagem de enigmas, de questões, de duvidas e mais duvidas... com nada como certeza e com a certeza de nada estar presente, somente uma mão cheia de vazio que nos preenche (esperava eu fazer sentido ao largar os dedos nesta escrita...)...
Que falta faz... seja que momento for... seja que palavra escrita se leia... fazendo a razão abandonar este meu corpo e alma que nem sei se tenho ou se já vive junto a ti... que falta faz um olhar distante... próprio de quem nos observa ao longe e para quem devemos e temos que ser os mais belos do mundo... e logo eu que nunca o quis fazer.... mas faço, porquê?- fazes-me saltar deste precipicio... viver o enigma que crio... soltar o meu rugido que de forte atrapalha o meu pensar...a minha razão... e não sou mais eu... mas nunca fui tanto eu (eu não disse que não fazia sentido!?)...
Será que não te devo desejar se tanto quero... se me faz bem se me fazes bem... e se quero tão somente sentir o sabor dos teus lábios nos meus, ainda que agora fosse o ultimo desejo da minha vida... é estranho e assusta... mas assusta porque quero e quero demais, eu controlado e comedido... raivoso prossigo o caminho em que me gosto cada vez mais por te querer e te gostar...
Assim seja...
Que não luto mais contra mim porque vou perder...

Beijos

Ela disse... (16)

É vício... mas é bom. Sabe bem... Faz-me sorrir.
Faz-me levantar de manhã para seguir com a vida, para trabalhar, para o que for... Faz-me deitar à noite, na esperança de que os sonhos sejam os mesmos, para que o encontro seja partilhado. Para que o momento seja sentido e tenha significado. Aquele que eu desejo que tenha.
Faz-me ansiosa.. por um toque, uma chamada, uma mensagem, um mail, um encontro... Causa-me palpitações pela esperança de ver o que os meus olhos desejam. De sentir o prazer do toque na minha pele... De beijar os lábios que os meus chamam, ainda que não digam nenhuma palavra... De cheirar perto, ao ponto de que o calor emanado me aqueça a face...
Respiro profundamente quando satisfaço o vício. Ainda que temporariamente... porque vício é assim: cola, fica, pede, cobra... sossega por momentos mas retorna para pedir mais. Mais intensamente... Mais perto... Mais tempo... Mais meu.
Tento controlar-me... mesmo. Pensar em algo mais, outra coisa, no trabalho, no clima, no ambiente que me rodeia... Mas acabo sempre ressacada por mais um bocadinho...
De ti. Tu. Aqui. Junto. Abraçado, beijado, respirado, sentido....Perto. Para sossegar... ainda que por pouco tempo. Este vício que me consome. Esta vontade de te saber aqui. É doença, é vício.. mas fazes-me feliz.
Beijo doce, longo, descomedido.

Ele disse... (15)

Se me fazes falta que posso dizer? Tens as palavras que me embalam, sejam escritas ou ditas, sejam suposições que me obrigas a fazer... e assim deixo-me navegar por este sentimento que tenho... Guardo o mais importante para mim na minha mente, marco esse ponto, com o mesmo suspiro, o mesmo sentir para que aqui recolhido o possa viver novamente... e como vivo.
Guardo em mim o momento em que cheguei junto de ti... saí com vontade de te abraçar com a força com que desejava fazê-lo... mas tímido sentei-me e tremia tanto que a respiração nem me permitia falar como queria. Notei os teus dedos... e ansiava pelo seu toque... queria senti-los tocarem-me. Reparei nos teus olhos, que se revelam cabisbaixos e me faziam respirar ainda com mais ritmo, qual atleta numa maratona... a quem o ar foge do peito.
Da tua boca saiam palavras que me embalavam e para os quais timidamente olhava com medo do descontrolo que sentia poder vir a assumir o que eu mais queria...
Quando senti o toque da tua mão... fazia lembrar um regresso a casa, de quem anda perdido pelo mundo. Quando senti o teu beijo tinha que tocar o teu rosto, tinha que sentir a tua pele na minha... e como lembro... dos teus sinais... a forma como fechavas os olhos e como com os meus dedos lhes tocava a querer levar comigo esse olhar...
Como te lembro eu... que te abracei e por um momento senti o teu corpo junto ao meu... parecendo peça de puzzle... como encostas a tua cabeça no meu ombro... e dali não queria que saísses... como te encostei a mim a li queria ficar...

Sim, sinto falta... não é alguma é muita!

Ele disse... (14)

Ando ás voltas com as palavras na minha cabeça... ainda tento perceber o que devo escrever... não haveria espaço. Ainda estou ali... abraçado a ti. Tremia, num misto de ansiedade e vontade... num momento que não se deseja fim... mas simplesmente que o tempo parasse e ali te tivesse junto aos meus lábios. O cheiro que trouxe, o sabor que ainda agora sinto tão meu... fazem-me sorrir de forma simples e pura, a desejar um beijo novamente... um abraço, um olhar...
É um caminhar que não se explica porque te sinto comigo a toda a hora, é um querer respirar sem conseguir... abraçar e não ter braços que cheguem... beijar e não chegar aos teus lábios...
Se te abraçasse agora verias que o que escrevo segue no meu beijo e no meu abraço que quero entregar a ti!

Ela disse... (13)

Depois de te ver ainda estou tonta... Ainda te sinto, ainda envolvida pelo teu aroma, ainda abraçada... Ainda com os meus lábios à tua espera.
Fecho os olhos e estás aqui, a sorrir-me, depois de tudo. Depois do beijo que o sinto por dar. Depois de todas as palavras que ecoam cá dentro e que não disse. Depois de te sentir meu e querer ser tua. E depois de provado fica o receio... de te saber aí, tão perto, tão junto e tão distante. De me sentir num outro mundo, onde juntos estamos e juntos somos e de lá ficar. Não quero este mundo, quero esse. Porque depois de o ver é esse que me espera... era esse que procurava e que sempre deslizava. É esse que me pede o que tenho e o que não posso, o que quero e não devo. É esse o fugidio... e a recompensa de o encontrar é demasiada... Não cabe cá dentro. Ao ver-te cresci, expandi, espalhei-me, parti-me, quebrei-me... e depois apanhei os cacos e fugi. E minguei. Depois de sair fiquei pequenina. Ansiosa por ficar... por voltar para ti. Por crescer. Sentindo que tinha sido, noutro tempo que não este. Que já tinha existido antes de existir. Já era tua.. já fui, quase de certeza. Não me lembro quando, mas foi eterno. E ainda ecoa cá dentro, com as palavras que se perderam. Que encostadas ao coração, junto aos cacos recolhidos, fazem tanto barulho... ensurdecedor. Não me ouço... não penso direito... fecho os olhos para silenciar e encontro-te. Depois de ontem estás por todo o lado. Estás à minha volta, rodeias-me, estás em mim, apertas-me, arrancas-me suspiros e falta-me o ar. Faltas-me tu... Para sossegar a revolução que me exalta.. que me abana, que me treme... que me deixa tonta. Depois de ontem não me seguro... Depois de ti estou perdida quando longe...
Beijos

Ele disse... (12)

Agora... que te li... permaneço sentado porque me tremem as pernas... porque fico sem forças, porque te abracei com todas que tinha.
Deixas-me aqui neste espaço de chão... por te sentir e não te ver... não te agarro... não te toco. Permaneço neste momento frio de quem não te tem, sem saberes o bem que me fazes não presente... como farias com um simples olhar junto ao meu, um toque leve de lábios que te querem saborear. A simplicidade de uma frase escrita não representa a simplicidade da minha vontade e desejo, do meu querer que movimenta o meu dia...
Inexplicável... é-o sem duvida... mas quero-te sentir perto. Fazes-me sorrir, fazes-me brilhar... e o meu brilho reflecte a tua imagem a cada passo, és a minha menina dos olhos de água, ainda que ausente, que não presente... és.
Não devia querer como quero... não devia tremer com palavras tuas como tremo... não devia tanta coisa. Mas quero... prefiro-te assim do que ausente deste espaço que agora ganhaste dentro de mim, dentro do meu pensamento, da minha cabeça... dos meus gestos e sorrisos, e das lágrimas que ainda não chorei...
Não deveria esperar por um sinal teu... não deveria estar atento a cada palavra a cada suspiro sentido nas palavras que dizes... mas estou porque quero.
Entre o que não devo e o que não quero... prefiro querer!
Estou ainda no meio do beijo que te dei... no meio do beijo que partilho contigo a toda a hora... irreal, virtual, mas um beijo sentido de quem te olha de uma forma diferente, de quem te sente de uma forma avassaladora, de quem te quer bem e bem te quer...
Seja assim como seja... mas eu Beijo-te em cada momento que passa... e sinto o teu corpo colado ao meu, com palavras não ditas junto ao ouvido... os arrepios, as sensações... porque me sinto assim? teu? porque não corro já? porque não quero... porque te quero...

Bjs

Ela disse... (11)

Ontem só tu comedido. Eu queria não ser. Queria que não fosses. Ou que não tivesses de ser. Nem eu.
Queria mergulhar no teu abraço e sentir-me. Perder-me para me encontrar... e depois de achada ser tua. Já que me encontraste.
Queria que tudo fosse simples como isto. Como nós. Mesmo inexplicável até parece fazer sentido. No meio dos nós e embaraços... parece que é porque assim foi. Ou seria. Será? Este sentido perdido no meio do caminho e que torna a paisagem distante tão apetecível... porque é assim que tu és, na distancia e na proximidade. Em que me arrancas o coração do peito sem notares. Ou fazes de conta...
Quero-te perto, junto... mesmo que não seja como quero, ou como espero. Quero ser enebriada pelo teu cheiro... que me falhem os joelhos. Sorrir pela satisfação da presença física. De me perder por olhar. De olhar até me perder... para de novo me encontrares... e me guardares. Sentir o leve toque casual, o beijo na face, passar perto, passar junto... arrepiar-me pela vontade de te ter, sonhar-nos de olhos abertos noutro local deserto. E nosso. Abandonados pelo comedimento... Envolvidos pelas vontades... Despidos de reservas e receios. Entregues na plenitude do tempo e do desejo. E dos beijos... de um primeiro beijo eterno perdido no meio de palavras comedidas. Mas sentido... e meu.
E hoje, neste dia tão igual a tantos outros, relembro-te. Como meu que és e não te tendo. Mas sentindo perto. Fico dividida entre a vontade de te ter e o prazer do desejo de te querer. Ainda que estejas aí e eu aqui e nós algures... Num mundo que nos une e nos mantem separados. Num tempo que se arrasta para unir... o que unido está sem se juntar. E são estes acasos incompreensíveis que se percebem por entre os dedos que contam os tempos que faltam para te encontrar. E olhando para as mãos, que vazias te seguram... e escapa-se pelos dedos o comedimento... Sobra a entrega pedida, perdida nos embaraços das palavras. Enterrada no peito fica a restante vontade...
E amanhã mudam-se os tempos, ficam as lembranças de uma era sentida por viver. Espera algures o beijo prometido, disfarçado em sons inaudiveis que proclamam alto o encontro marcado... Amanhã o comedimento será outro. Ausente nas palavras, presente nos gestos. Seguro de si na incerteza do acto. Do beijo. Nas palavras suspiradas pelos lábios, trémulas no compasso de espera da respiração ofegante... Amanhã espero-me tua. Espero-o nosso. Congelado num tempo eterno, na terra do mistério dos "amanhãs". E espero que chegue. Que chegue cavalgando, que venha rápido, no seu próprio tempo, digno de um amanhã sonhado hoje, trazido por ontem...

Ele disse... (10)

Comedido... porque tenho que ser.. porque sinto necessidade de ser comedido... para que não entre pelo teu quarto e te leve comigo... neste sentir louco que me devora e te quer devorar, com todos os soluços próprios de quem não respira o ar que encontra mas sim o que já passou por ti e te envolveu.
Comedido... para que não me renda numa insane palavra ou acção que não digo nem faço... mas que me revele e me dispa a alma por completo...
Comedido... para que não escorregue por mim abaixo quando te sinto... ainda que em sonho, ou em desejo. Para que não fique total e completamente desorientado por não te conseguir imaginar longe... ainda que nunca te tivesse...
Comedido porque sim... porque o sou e devo ser, e não posso ser presunçoso... ao pensar o que não posso a querer quem não é minha. Apetecendo voar... fascinar e ser fascinado da forma avassaladora que já me sinto, querendo ainda viver e saber e provar e ser provado... e aí porque sim... comedido.
Porventura... comedido, da forma mais estranha de o ser porque sairei derrotado nesta luta, porque já me vence a vontade...

Ela disse... (9)

Amanhã sinto-te cá...
Hoje acordei contigo... porque ontem adormeci sem ti, embora contigo no pensamento. E por lá estares, e ocupares tanto espaço, não consigo pensar em mais nada. Estou habituada a ter-te presente... culpa minha provavelmente, porque assim te mantenho. E sem seres meu não me permito que te afastes. Porque quando unos, eu sinto-me mais eu. E quando faltas, também me falto e me sinto aí... onde estás... à tua procura.
E quando te mostras e te deixas a descoberto, encontro-me e descubro-me e destapo-me. Se já me vês sem olhares, para quê esconder?
Não consigo trabalhar com as tuas mãos em mim. Mas também não consigo trabalhar sem elas. E neste novelo enrolado, desenrolo pensamentos que me dão nós. Que me fazem sonhar, com os olhos fechados, abertos, a pestanejar... nós que me lembram de nós, mais uma vez juntos, embora na ausência...
Não sei porque me sinto assim. Acho que é de ti.
Amanhã sei que voltas... pelo menos assim o espero. E espero que numa presença menos ausente consiga acalmar a ansiedade de te ver. Ainda que comedido na distância e na presença. A não ser que deixes ficar isso por aí... e na volta para aqui só tragas o que quero. Traz-te a ti.
Beijos comedidos, para que não fujas...

Ele disse... (8)

Hoje...
Hoje não sou comedido... apetece expandir... ser um pouco mais do que menos sou noutro momento, noutro tempo...
Hoje vou ser directo da alma... que caminha em teu redor e te abraçou vezes sem conta... que despida se veste na frente dos teus olhos que de puros não vêm este meu pensamento lânguido e efervescente.
Desta forma caminho no sentido de teu pensar, mas no rastreio de um pensamento que agarro e prossigo... porque comedido serei outra vez amanhã. Percorro assim as tuas mensagens, as tuas palavras... desnudo-as de qualquer outro significado que não seja o que quero... e abraço-te em cada uma, suspiro em cada sílaba, em cada letra... como se te tivesse a sentir assim, junto e perfumada de um perfume que é o teu cheiro.
Dispo-te e abraço-te... juntando os nossos corpos quentes... a transpirar desejos e sonhos não realizados... sinto as mãos trémulas a percorrer o corpo que agora quero beijar com a ponta dos meus dedos... encosto-te a mim para que sintas esta realidade, para que sintas que te consumo muito mais para além do desejo que a carne me dá... e juntamo-nos num rodopiar horizontal que se complica em beijos molhados e transpirados que o teu corpo se encarrega de transportar para os meus lábios... que sofregos dizem que te querem...
Num momento és minha e agora somos unos... em ti me sinto acolhido... nestes anseios, suspiros e sobressaltos... envolves-me em abraços apertados num momento... abraçado por todo o teu corpo... não sabes onde terminas nem eu sei onde começo... porque unos... estamos! Sorrimos pela certeza de ser estranho, mas pela felicidade de que é assim... não se explica... abraço-te mais uma vez... e beijo-te como nunca havia beijado ou beijei... e resvalo em ser comedido novamente... e outra vez... mas quero-te ainda assim... comedido!

Ela disse... (7)

Quase te sinto aqui, ao meu lado, a reler-te. A observar-me, a tentar ler-me. A tentar sentir o que sinto quando te sinto presente nas palavras que nos dedicas. Quase que te toco, se esticar a mão... E fechados os olhos sinto o abraço apertado, cheio de palavras soltas e silenciosas.
Passo o dia contigo.. ainda que não me vejas estou aí. E por aqui procuro-te todo o dia. E ás vezes, num arrepio, sinto percorreres-me, sinto-te encostado, sinto-te atento, novamente a observares-me. E não te encontrando pelo caminho, procuro-te nos sonhos. No teu quadro mais bonito pintado nessa tua mente... que me prende... e me seduz.
Sorrio. E ainda que daí não vejas, espero que sintas. Que o sentimento que me enche os lábios de sorrisos te preencha. Que chegue aí o que sinto. E que ao chegar seja suficiente, ainda que não chegando. Porque é sentido. Mesmo não o tendo. Estou aí...
Beijos

Ele disse... (6)

Como faço eu, para enviar beijos simples e sinceros...? direi somente, retirarei qualquer palavra conjunta só porque quero enviar o beijo? Porque os meus beijos são sempre simples e sinceros... preciso que saibas o que transportam... o que te querem dizer, como te querem acariciar...
Os meus beijos poderão até ser pacientes na sua simplicidade... na sinceridade... mas nunca no significado, pelo que têm que revelar algo com eles... ainda que seja reduzido.
Sendo assim, revelo que este beijo transporta um sonho... que não de olhos abertos... desta vez, mesmo de olhos fechados... em que estavas junto a mim na mais bela descrição, da qual faço o quadro mais bonito que já pintei nesta minha mente... estavas nesse meu sonho... tal e qual como te sonho, no outro de olhos abertos...
Sonhos que se confundem... sonhos que se transformam, e me transformam... sonhos e sonhos que quero reais... e desejo reais! É nesse momento que sonhos, desejos... até vontades transformam esta forma de estar numa ansiedade sem par e na qual o meu beijo simples e sincero chega até ti...
Se real, estarias agora junto a mim... num abraço,,, que de sonho e de vontade já o é.

Ela disse... (5)

Custa... sentir-me meu na ausência... inalcansável na presença... tão junto e tão distante.
Sentir-me tua, segura no teu abraço, num mundo sereno com sabor a menta é pensamento constante. O teu cheiro rodeia-me, ainda que desconhecido... entranha-se... entrelaça-se... despe-me na solidão que trago expondo-me os sentimentos guardados, tão meus. Enches-me a alma, acalentas-me no caminho que sigo, incerta dos passos, dos cruzamentos.. sinto-te perto, mas noutra estrada.
És perfeito na tua imperfeição. Tranquilo na tua tempestade. Companheiro na tua individualidade. Estranho nessa familiaridade tão próxima do que não esperava. Surpreendes-me... e surpreendo-me. Por te querer aqui, junto, perto, meu. Mesmo sabendo que não estás, que não és, que mereces mais. Mereces todas as pequenas coisas, mereces os pormenores, a totalidade, o conjunto, a soma das partes, o mundo tranquilo. Mereces um beijo que seja apenas um beijo. Sem tempos, promessas, receios. Porque quando um beijo deixa de ser um beijo, o mundo também perde significado.
E tudo isto só porque te queria mandar um beijo, simples e sincero...

Eu e um beijo

Ela disse... (4)

Tentei, mas não consegui...
Não percebia porque eras comedido... nem entendia o que era seres comedido. Quase preferia quando estava na ignorância e te apreciava à distância de um vidro de montra. Ali tão perto e apetecível, do outro lado. E ouvia-te, sentia-te, num querer mais controlável, de uma só via. Era eu que olhava para a montra e eras tu do outro lado...
E de repente, olho em volta e sinto-me num aquário, observada. E o vidro que te separa é também o que me prende...
Era mais fácil quando era só eu a admirar-te, a querer-te no silêncio, conformada com o preço demasiado alto, fora das minhas posses.. estavas longe, mas estavas perto. E estar perto era fácil, era olhar a montra e sonhar-te junto.
Agora sinto-te mais próximo e mais distante. Passou a ser nos dois sentidos - abriu-se a caixa de Pandora e fica complicado fechá-la, guardar tudo lá dentro, selar com um beijo que não tive mas que o sinto nos lábios, quando te sinto por perto, a respirar junto, sincronizado, profundo... arrepia o pescoço... porque tu és assim. Presente mesmo na ausência... e comedido na presença. E levo-te comigo para todo o lado, junto do beijo prometido e dado, sentido de olhos fechados num mundo que não este... contando o tempo e o seu impasse, na esperança de sempre te poder ver mais uma vez.
Mas prefiro assim. Prefiro pensar que o vidro também quebra... preciso pensar que o vidro também quebra. E esperar, feliz com a perda de inocência e ganho de um beijo... teu.

Ele disse... (3)

Apertas-me aqui mesmo onde acaba a barriga e começa o pescoço...... rasgo-me por sair e não saio, mas quero e desejo... vou e estou aí... no teu encalce qual perseguidor atrevido... mas desejado (em sonho e em momentos), perco, mas não saio derrotado, evito fazer o que qualquer faria... mas desejo e luto comigo em violência sem marcas sem qualquer ferida que se note... avanço em sentido contrário como marca do que não quero ser porque este desejo já me mata... violenta-me... Agora no canto do que é meu desfaço-me... e este beijo que trago e é teu... eleva-te no meu pensamento á condição de mulher no mais alto dos sentidos e significados... desejada... reparada e absolutamente tentadora e fantástica... que sendo linda aos meus olhos não toco... mas desejo. Que o beijo seja teu... sem embaraço e sem demora, sem vergonha e sem morte no caminho porque tenho que chegar a ti...
Se não chegar, entretanto aquece-me com uma palavra que não digas mas penses... e que saibas que ninguém me tira este momento, que de cruel é fantástico... e de fantástico é meu e teu... ainda que padeça aqui...
Beijos

Ela disse... (2)

Fiquei à espera que desse a música para te sentir presente ainda que distante...
Fiquei sem palavras. Chegaste, pegaste nelas e foste embora. Acho que usaste todas e sem avisares. Talvez sem reparares... ou uma dessas "distracções propositadas" para não poder responder. Mas usufruo da capacidade para estar à altura e respondo na mesma. Ainda que só numa via de vários sentidos, cheia de semáforos, que deixam fluir o trânsito de modo a sentir que todos os outros avançam mais depressa - aproveita-se a paisagem. Queixamo-nos da bagagem... Mas no meio da confusão, acendo um cigarro, olho em volta e sorrio quando te vejo por lá. Gentil nas palavras e no olhar.
Todas as viagens são atribuladas, umas mais curtas que outras... outras com mais obras pelo caminho. Ruas estreitas em que não posso fazer marcha atrás. Cedo passagem, quase sempre. Por me custar menos o que me custa do que o que penso que possa custar aos outros. Mas não costumo ter pressa por chegar... e quando tenho, também não sei como agir. Qual GPS a dizer para ir em frente, quando o que apetece é virar, encostar, parar o carro, sair. Correr para o meio de nada, cansar, ofegar, respirar fundo...
Viraste mapa, cheio de estradas, caminhos, pontes, rios... Cada vez que te desdobras surpreendo-me. E sempre que olho, sorrio... por te sentir perto ainda que não aqui. Chegam cá as palavras, ainda que não ao ouvido e sorrio... por te sentir aqui ainda que não por perto.
São as mesmas qualidades que me aproximam... e talvez os mesmos defeitos que mantém a distância.
Mas agradeço. E fumo as tuas mensagens, bebo as tuas palavras, respiro as tuas músicas - de olhos fechados. E agradeço. Cada frase, cada letra, cada nota... com um sorriso. Saboreio a doçura que repousa nos lábios do beijo que não chegou. E aconchego-me na doçura das palavras que não se ouviram. Acreditando que se esconderam pelo caminho ou que espreitam atrás da próxima curva.
Obrigada pelos sorrisos...
Beijos

P.S. - Dulcia non novit qui non gustavit amara

Ele disse... (1)

Seja como for...
escrevo sempre por escrever, e hoje para ti... o que escreveria para eu ler.
Texto corrido, palavras soltas, podes entender como quiseres... és companhia, és presença na tabela que tenho á minha frente e que me pode responder a cada passo... seja complicado, seja fácil.. sempre resposta.
Torna-se vicio e vontade, requer capacidade para estar á altura, exige, demanda, olha... que chatice... mas se não estiver... o dia não é o mesmo... curiosas semelhanças, curiosas distrações propositadas para não haver resposta...
engraçado como assim é... e mais engraçado ainda como deixa de ser... palavras para quê? és pessoa fantástica, sublime, inteligente, bonita e linda(dificil), és acima de tudo o que me chamas... um doce! Nunca deixes de o ser... mais que ninguém mereces a tua presença... és fantástica... e sempre serás por muito que alguém te faça sentir o contrário...nunca te deixes julgar, avaliar, submeter, ponderar... és muito mais que isso... pelo menos para mim...
só tens um defeito... teres as qualidades que tenho...
seja como for... serei daqueles que estará aqui... pouco importa o que pensem... que se lixem... és maior que isso... sempre foste e ainda não percebeste a altura que tens..
Para mim és a maior... e serei sempre eu e aqui...
Beijos
PS: Omnia eveniunt ut sunt humana...

E foi assim que começou...

... Não que seja tudo meu. Mas era a minha vida. E com medo de esquecer prefiro escrever.
Foi uma história bonita o, na minha humilde opinião. E foi fulminante... e ainda agora paira no ar a incerteza de não ter sido um sonho. Se calhar foi, daqueles que se sonham de olhos abertos e coração nas mãos, desprotegido. Mas também foi como teria de ser... Não tenho mágoa, mas vivo com o pensamento certo de que somos um, ainda que ao longe.