Amanhã sinto-te cá...
Hoje acordei contigo... porque ontem adormeci sem ti, embora contigo no pensamento. E por lá estares, e ocupares tanto espaço, não consigo pensar em mais nada. Estou habituada a ter-te presente... culpa minha provavelmente, porque assim te mantenho. E sem seres meu não me permito que te afastes. Porque quando unos, eu sinto-me mais eu. E quando faltas, também me falto e me sinto aí... onde estás... à tua procura.
E quando te mostras e te deixas a descoberto, encontro-me e descubro-me e destapo-me. Se já me vês sem olhares, para quê esconder?
Não consigo trabalhar com as tuas mãos em mim. Mas também não consigo trabalhar sem elas. E neste novelo enrolado, desenrolo pensamentos que me dão nós. Que me fazem sonhar, com os olhos fechados, abertos, a pestanejar... nós que me lembram de nós, mais uma vez juntos, embora na ausência...
Não sei porque me sinto assim. Acho que é de ti.
Amanhã sei que voltas... pelo menos assim o espero. E espero que numa presença menos ausente consiga acalmar a ansiedade de te ver. Ainda que comedido na distância e na presença. A não ser que deixes ficar isso por aí... e na volta para aqui só tragas o que quero. Traz-te a ti.
Beijos comedidos, para que não fujas...
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