terça-feira, 23 de março de 2010

Tristemente

Há tristezas tristes...
Gostava que o meu filho tivesse um Pai, com um P orgulhoso, cheio de paternidade. Mas não tem. Gostava que fosse um daqueles Pais, que ficam grandes amigos das Mães, com quem têm uma relação salutar e uma amizade filho-dependente... ou até filho-independente, mas há que manter os pés bem assentes e não pedir demasiado.
Mas calhou um pai com um p muito pequenino. Que não dá valor ao filho que tem, nem sabe o que o ser pai significa, no seu todo.
Mesmo assim, a justiça é cega, como se sabe. O que eu não sabia é que, para além de ser pitosga, a justiça também é surda. E não, não preza pelos superiores interesses da criança. Enfim, melhores dias virão... provavelmente só depois de ir à bruxa.

11 comentários:

Ana C. disse...

No dia do pai escrevi sobre isto, sobre o outro lado desse dia, para aquelas crianças que não têm o pai que merecem e agora venho parar a este teu post...
Eu não quero imaginar o que deva ser ver a decepção nos olhos dos nossos filhos e a nossa impotência para os ajudarmos a sentirem-se menos rejeitados. Um beijinho para vocês.

Crenteoptimista disse...

Obrigada :) A sorte do meu pequeno é agora ter um Pai como deve de ser... mas para tristeza minha, a justiça só dá valor aos laços de sangue e não aos de coração. Pode ser que um dia mude.

MC disse...

Justiça?

Qual justiça?

Crenteoptimista disse...

Pois... A justiça que diz que o pai, que não foi pai este último ano inteiro, tem direito agora a 3 fins de semana por mês e a obrigar o filho a fazer 2100 kms... A Justiça, em Portugal, devia chamar-se injustiça.

MC disse...

Será o teu caso!

E quantos são ao contrário?
Quantos filhos são "roubados" dos pais?

Quantas mães vivem um pouco à custa do dinheiro que recebem supostamente para os filhos?

Isto que há cá nem é justiça nem injustiça. É uma palhaçada!!

E no fim quem sai realmente prejudicado são as crianças...

Crenteoptimista disse...

Sem dúvida. Os casos são sempre vistos com olhos generalizados, raras vezes vistos caso a caso. O pai do meu pimpolho nunca ajudou em nada desde a separação. Nunca ligou para saber como estava. Raras vezes veio vê-lo, nem uma por mês. O pimpolho só conhece o pai porque mantenho viva a imagem...
Sim, há muitos casos que é o inverso, também conheço casos desses. A Justiça anda perdida, convém é que compre um GPS rapidamente.

MC disse...

GPS... Tá gira essa!

A justiça nunca funcionará enquanto não houver gente à frente deste país, ou de outro, que queira andar com isto para a frente.

Um país sem justiça é um país onde tudo é possivel de acontecer, onde nada acaba por funcionar bem pois é a justiça que obriga as coisas a funcionarem...

Enfim, isto são cá coisas minhas...

Espero que as coisas melhorem por aí.

Beijinho

Crenteoptimista disse...

:) Seja como for, é de ânimo para cima, que o pimpolho não me há de ver nunca triste ou a falar mal do pai - assim sempre se preserva a felicidade e inocência de criança que ainda vai tendo.
Obrigada Miguel

MC disse...

Um dia eles percebem...

Os meus demoraram 3 anos mas chegaram lá sozinhos...
Não que isso me alegre porque uma das nossas funções é escolher bem o outro lado. Não basta sermos bons pais ou boas mães... Convém haver também, do outro lado, boas mães ou bons pais...
Chegar à conclusão que o outro lado ficou aquem... é ter de assumir que erramos algures nessa escolha...

E isso é um peso que vamos ter de carregar para sempre porque isso afectará sempre o crescimento dos rebentos!

E o pior de tudo, Crente, é que a vida podia ser tão fácil e tão maravilhosa...

Crenteoptimista disse...

Tu Miguel, que já és destas andanças, tomo a liberdade de perguntar algo:
Ficou estipulado que o pai ia à escola buscar o pimpolho, as 16h. Esperei meia hora e vim embora. Até agora não apareceu nem disse nada. Não há limite de horário para vir buscar o filho? Aparece quando lhe apetecer?

MC disse...

Não tenho tempo de te responder como deve ser a uma coisa destas.

O que interessa é a consistência com que se fazem as coisas... Não nisto, Crente, mas em tudo. Somos a consistência das nossas acções e não aquele dia maravilhoso ou o outro horrivel!

Passa lá no 100 Palavras e deixa um enderço de e-mail no mail do blogue para eu te encaminhar para outro lado.
Seguimos daí, ok?

Agora tenho de ir.

Beijos verdes