quarta-feira, 24 de março de 2010

Paranóias de mãe?

Nunca fui muito daquelas mães corujas que andam sempre atrás dos filhos. Talvez por ele ter nascido demasiado cedo. Em vez de o proteger demasiado, sempre o empurrei para a vida. Vai daí que agora ele seja desenrascado e não demonstre diferenças de desenvolvimento em relação a crianças que tiveram direito aos 9 meses de preparação nas barrigas das respectivas mães. É desenrascado e autónomo. E teimoso. Tudo é feito à maneira dele, ou pelo menos tentado. Quando não resulta, lá pede ajuda.
Mesmo assim, sempre tentei cuidar, como mãe que sou. Há limites nas tomadas, por exemplo. Também não sou desnaturada. Mas, neste momento, estou incomodada. E inquieta-me pensar que talvez esteja a ser possessiva em relação a ele. Foi decretado que ele passará fins de semana com o pai: 2 com o pai, 1 comigo e por aí adiante. Fins de semana a começar à 5ª feira à tarde e a terminar ao Domingo ao fim do dia. Ok. Mas eu e o pai moramos a 350 kms um do outro. São 700 kms por fim de semana. 2100 kms por mês. E faltar à creche à 6ª feira. No meu entender, como adulta, não me parece saudável. Como mãe, parece-me absurdo sujeitar uma criança a isto. É paranóia minha?

2 comentários:

Ana C. disse...

Mas que situação... Claro que não é paranóia tua, é mesmo uma grande distância e estupidamente cansativo para uma criança pequena.

Crenteoptimista disse...

A juíza disse-me na cara que as viagens não custam a uma criança de 3 anos e que faltar à escola nestas idades não faz diferença... Fiquei a achar que eu era maluca...
Obrigada por me fazeres sentir normal :)