terça-feira, 30 de março de 2010

Doenças

Pimpolho a pingar do nariz e febril, eu afónica e com as amígdalas em festa...
Eu - Vamos ao médico? Estamos doentes...
X. - Eu não tou doente! Tu é que estás! Mas eu levo-te, xim mamã?
Eu - Mas estás constipado...
X. - Não tou nada!!
Eu - Então vamos ao médico mostrar que não estás?
X. - Xim.

Depois da consulta:
X. - Mãe, o meu xaópe?
Eu - Então não és tu que não estás doente?
X. - É pa não ficar...

Enfim... Para quê contrariar? :)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ontem, a caminho de casa...

X - mãe, tu és ajul, xim?
Eu - Azul?
X - xim, do pôto.
E - Sim...
X - Eu xou do menfica. O pai é do menfica. O outo pai é do menfica. E a outa mãe é do menfica.
(comecei a sentir-me sozinha no "pôto" e a tentar lembrar-me de quantas mães somos...)
E - A outra mãe?
X - Sim, a Maía de Ludes.
E - Não é tua mãe, é a minha mãe e tua avó...
X - Mas tamém é mãe.

E lá há maneira de contradizer tal facto provado?

Ansiedade

Hoje o pimpolho vai para casa do pai. Preparei-o, para que não vá contrariado... Mas o miúdo é esperto:
- vou pa caja do outo pai mas depois vamos pá caja nova, xim mãe?

Update às 17h25: Devia vir às 16h e até agora não apareceu nem ligou... E eu que sou a má da fita!

Relações fast-food

Hoje soube de (mais) um casal, que se vai separar. Daqueles que se mostrava feliz, juntos e cúmplices...
Fico a pensar que as relações são como as refeições: é mais fácil ir a um restaurante fast-food, comer um hamburguer ou seja lá o que for, ao invés de cozinhar uma refeição em casa, daquelas completas de antigamente, com direito a entradas, prato principal, sobremesa e afins. O tempo é pouco e vive-se com a facilidade de se iniciarem e terminarem relações com a mesma velocidade com que se manda vir uma pizza.
As relações exigem, ou pelo menos deviam exigir, dedicação, trabalho, cedências, cumplicidades... ler uma receita num livro, escolher os ingredientes cuidadosamente, cozinhar seguindo os passos e as temperaturas correctas. Coordenar sabores, temperá-los com a bebida certa a acompanhar... Adocicar o paladar com a sobremesa, saboreando colher a colher... não esquecendo o café e digestivos, para os amantes destes. Uma refeição, como deve de ser, inclui sujar tachos, loiça, bancadas... Inclui também preparar a mesa e recolher tudo no final. E arrumar, lavar, reorganizar. As relações também deviam merecer tudo isto... dedicação, pensamento, coordenação, com umas pitadas de discussões e reflexões. Se as refeições incluem deixar a cozinha arrumada no final, as relações também merecem ir dormir sem pontos pendentes por conversar. Também as relações se arrumam. Para que sejam funcionais.
Actualmente, há demasiados "Macdonaldes" no amor. E pouca cozinha tradicional.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Paranóias de mãe?

Nunca fui muito daquelas mães corujas que andam sempre atrás dos filhos. Talvez por ele ter nascido demasiado cedo. Em vez de o proteger demasiado, sempre o empurrei para a vida. Vai daí que agora ele seja desenrascado e não demonstre diferenças de desenvolvimento em relação a crianças que tiveram direito aos 9 meses de preparação nas barrigas das respectivas mães. É desenrascado e autónomo. E teimoso. Tudo é feito à maneira dele, ou pelo menos tentado. Quando não resulta, lá pede ajuda.
Mesmo assim, sempre tentei cuidar, como mãe que sou. Há limites nas tomadas, por exemplo. Também não sou desnaturada. Mas, neste momento, estou incomodada. E inquieta-me pensar que talvez esteja a ser possessiva em relação a ele. Foi decretado que ele passará fins de semana com o pai: 2 com o pai, 1 comigo e por aí adiante. Fins de semana a começar à 5ª feira à tarde e a terminar ao Domingo ao fim do dia. Ok. Mas eu e o pai moramos a 350 kms um do outro. São 700 kms por fim de semana. 2100 kms por mês. E faltar à creche à 6ª feira. No meu entender, como adulta, não me parece saudável. Como mãe, parece-me absurdo sujeitar uma criança a isto. É paranóia minha?

terça-feira, 23 de março de 2010

Tristemente

Há tristezas tristes...
Gostava que o meu filho tivesse um Pai, com um P orgulhoso, cheio de paternidade. Mas não tem. Gostava que fosse um daqueles Pais, que ficam grandes amigos das Mães, com quem têm uma relação salutar e uma amizade filho-dependente... ou até filho-independente, mas há que manter os pés bem assentes e não pedir demasiado.
Mas calhou um pai com um p muito pequenino. Que não dá valor ao filho que tem, nem sabe o que o ser pai significa, no seu todo.
Mesmo assim, a justiça é cega, como se sabe. O que eu não sabia é que, para além de ser pitosga, a justiça também é surda. E não, não preza pelos superiores interesses da criança. Enfim, melhores dias virão... provavelmente só depois de ir à bruxa.

terça-feira, 2 de março de 2010

Vou à bruxa livrar-me do mau olhado...

Audiência para regulação de poder paternal marcada para o meu dia de aniversário... Que rica prenda hein?

P.S. - alguém me recomenda uma bruxa?

Há dias...

Há dias de manhã, em que uma gaja à tarde, não deve sair à noite... Tenho para mim que também há semanas assim! Semana passada tive um incêndio em casa; e uma inundação - casa essa que habito desde o dia 6 de Fevereiro. Deste ano. Tipo há um mês. E a casa é nova e o incêndio inexplicável. Inexplicável também o facto de ter acordado às 3h30 da manhã, tendo eu o sono pesado. E assim, o incêndio foi detectado relativamente a tempo e ninguém se magoou.
Moral da história? 1 - Não acreditem que os bombeiros saibam como começam alguns fogos, se nem vocês souberem explicar. 2 - Mantenham os narizes limpos e asseados, nunca se sabe... 3 - Semanas que englobam um incêndio podem terminar em inundação.